Meu gato comeu linha e precisou de cirurgia. Socorro!

Olá!
Geralmente falo de literatura aqui, mas este é um post de UTILIDADE PÚBLICA . Meu gato, de quem já falei aqui e aqui, comeu linha e precisou de cirurgia de emergência. Procurei dicas & orientações no Google e não achei, então resolvi contar nossa história para que ajude alguém, quem sabe, um dia.

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Tomara que seu gato tenha mais juízo que o meu!

E não coma linha, cabelo, barata, passarinho.

Almirante Nelson é um gato de 2 anos muito ativo, talvez por conta dos estímulos do meu filho de 10 anos. Fazem de tudo juntos: jogam videogame e futebol, lutam MMA, discutem aos berros. 

Sim, minha casa é uma loucura!

todos de Flamengo, Flamengo até morrer!

Por se achar tão parecido com a criança, no último final de semana de outubro, Nelson quis participar da construção da fantasia de Coringa para o Halloween no sábado. Cola, tinta e... costura. Eu que já tinha visto vestígios de linha há uns meses nas fezes dele, tomei cuidado para ele não se envolver demais. Porém, muito esperto, ele aproveitou nossa ida à farmácia para abrir a caixinha de linha e roubar um carretel de lastex. 
Quando chegamos e o encontramos mastigando a linha de elástico cinza, brigamos, tiramos dele e... rimos. Era engraçadinho ver o gatão no nhac, nhac, nhac.

DAÍ COMEÇOU O TORMENTO

Os vômitos começaram na madrugada de domingo. E ele parou de defecar. Acordei e achei várias poças, muitas a caminho da caixa de areia, só uma lá. Concluí que ele tentou chegar no 'banheiro', mas não deu tempo. Troquei a comida, ele comeu pouquinho e vomitou . Tudo que tentava comer, saía com mais linha.
De tarde levamos no veterinário dele que avisou do risco grande de cirurgia. 'Se der enrugamento de alça intestinal, pode ser fatal. O organismo dele fica tentando expulsar a linha, entope, acaba rompendo.' Perguntei de laxante. 'Não é indicado, pode complicar ainda mais, forçar uma emergência sem solução.' O vet pediu uma ultra de emergência e aplicou dois remédios: um para o estômago e um para os vômitos.
Acho que o mal-estar melhorou, o gato ficou mais tranquilo.
Nelson tinha 4,7kg. Pesaram para dosar o remédio.
Aqui no Rio, nem sempre achamos ultra para pets no finde, mas uma amiga já tinha de falado bem da UPA PET que abriu no meu bairro. Liguei, esperei infinitos minutos presa em um sistema automático chatão e marquei. Fomos direto, meu filho, eu e o paciente felino.
Resultado: 'Foi observado uma gastrite de peristalse lenta com acúmulo de líquido. Origem inflamatória. E uma imagem em região de ostio piloro e duodeno de corpo estranho linear de aproximadamente 4cm de comprimento e 0,4cm de largura. Sendo também observado leve enrugamento de alça  duodenal. Indicação cirúrgica.'

COITADO DO GATINHO...

walmart

Eu preferi falar com o vet dele que o acompanha desde muito petit e não internei na hora. Em casa, ele caidinho com a respiração ofegante - dava pra ver como a barriga subia e descia rápido, sem parar - troquei Whatsapp com o vet.
Na segunda-feira, o gato ainda vomitava linha. Então eu medi para saber se o que saiu foi o detectado na ultrassonografia.

Desculpe se tem nojo, mas pode ajudar alguém. Veja como era líquido claro e... linha!

Ainda assim, o vet mandou operar. Ficamos arrasados. O gato claramente se sentindo mal, a gente preocupado, fomos atrás de cirurgião porque o vet do Nelson não faz esse tipo de intervenção.
O que ele indicou cobrou R$ 2.500,00 pela cirurgia de emergência + R$ 1.300,00 de internação para 3 dias, a princípio, talvez o gato precise de mais tempo.

Uau! R$ 4.000,00!

Voltamos na UPA PET para orçamento. Com isso mais uma consulta e nova ultrassonografia para verificar se ele ainda tinha linha na barrriga- e como! Bolos e bolos de linha. Era caso cirúrgico mesmo, e o quanto mais rápido, melhor. Ah, que desespero!
O Valor era mais palatável: R$ 450,00 de anestesia paga à vista + R$ 900,00 da cirurgia + R$ 180,00 por dia de internação: R$ 1.900,00 para 3 dias de internação.

Já voltamos para casa sem o gato... Uma tristeza.

(segunda-feira)

A UPA é bem lotada, a espera é enorme, nem adianta reclamar. Se você não tem tempo livre, nem vá lá. Especialmente naquela segunda-feira, parecia que todos os pets do Rio estavam doentes.
Nelson só foi operado depois das 23:00hs. Passamos lá para saber pq o telefone ninguém atende. Nos foi dito que td havia corrido bem e ele estava voltando da anestesia.
Terça-feira de tarde fomos para a visita. Um dó!
Ele que é um gato ativo e orgulhoso, estava prostrado, pupila sem reação, deitado com cone na cabeça, 7 pontos na barriga raspada. Mal balançou a ponta do rabo para nós . Parecia dopado ainda. Tentei pegar no colo, ele berrou de dor (acho que era dor).
Assim a vet da internação nos contou: foi uma cirurgia grande. Tiraram linha do estômago e de 3 partes do intestino, mas não foi necessário extrair pedaços do intestino, só abriram, limparam e fecharam.
Com lágrimas nos olhos, deixamos ele lá aos cuidados dos enfermeiros muito simpáticos e da vet.
Meu filho começou a ter pesadelos naquela noite e parou quando Nelson voltou para casa...
Quarta-feira, na visita, ele estava mais animadinho. Ainda deitado, cheiro bem forte de éter, polvedine, sei lá. Mas já miou um pouco, balançou o rabo, permitiu que eu o pegasse no colo. O cone no pescoço incomodava bastante. Nos contaram que ele andou tentando morder os enfermeiros, comia só por alimentação forçada com seringa na guela, fez xixi, mas nada de cocô. Ruim isso.
Na quinta-feira, dia da alta prevista, a visita foi na ultrassonografia. O gato estava bem mais disposto, miando e reconhecendo a gente, rabo balançando e reclamando do cone. O cheiro era insuportável!
A ultra apontou estômago pequeno como deve ser, intestino limpo sem líquido, gases e nada mais, td ok!

Oba, o gato vai ter alta!

Ainda não... estava com muitos gases, comia pouco, já tinha feito algum cocô. Pouco. Era importante defecar porque abriram o intestino, então... Fomos embora sem ele. Mesmo assim deixei-o sem cone, mas com o macacão cirúrgico de dryfit.
Custou R$ 60,00 na maior petshop do bairro. Mas online dá para achar tutoriais para fazer bem barato, aqui e aqui. Não fiz para ter certeza que seria seguro para o comilão de linha... (update: estou vendendo esse macacão e um menor da castração da Emma. Se quiser fala comigo.)

Sexta-feira, Halloween, finalmente me entregaram o gato parecido com o normal. Esperto, falante, de alta!
Cuidados:
- 24hs por dia de macacão
- comida porcionada em forma de patê quase líquido por 5 dias ao menos
- novalgina, antibiótico e ranitidina pro estômago
- limpar a cicatriz 2x ao dia com soro
- voltar para tirar pontos em 10 dias .

O GATO ESTAVA DE ALTA!

(sexta-feira)

pesando 10% a menos... 4,250Kg

Em casa, ele já começou a miar na portaria, foi quando reconheceu q estava de volta! Foi direto para areia e fez um xixizão, depois bebeu água pra caramba, recusou a comida especial e eu lavei as patas para aliviar a catinga de hospital. Nossa, como é ruim o cheiro!

Dormimos todos bem!

Sábado ele acordou bem, mas devagar e recusando comida. Bati no mixer o Royal canin Intestinal com água filtrada e fui oferecendo colherinhas. Levou anos, mas comeu. O grilo foi novalgina... assim que dei, ele espumou! Morri de susto, voltei correndo para o vet que me falou q era normal, gatos enjoam com o sabor de novalgina.  Ah, puxa!! Por que não me disse antes?
Decidimos então misturar a comida especial com um patê normal, procuramos Sabor & Vida que é a que ele come normalmente. Na Petz nos disseram que saiu de linha e indicou outra, compramos Kelcat. Ele comeu com mais facilidade.  Eu também fiz um patê caseiro de fígado de frango que vi no YouTube.

Nelson gostou, mas não foi um sucesso. Kelcat foi melhor aceito. Eu ainda misturei e bati com um pouquinho de água, mas foi difícil comer.
Domingo foi o dia que ele conseguiu fazer cocô! Ufa! Foi um alívio já que mostrava o bom funcionamento do intestino . E foi bastante!
Daí pra frente, a alimentação ficou mais fácil, parei de diluir, mas ainda misturava os patês batidos no mixer.
Cismaram aqui em casa q ele sentia dor, então tentei a novalgina de novo... espumou! Decidi que nunca mais vou dar isso a ele.
A cicatriz está sequinha, e ele começa a querer coçar.

Segunda-feira ele ainda estava caído, havia comido pouco, achei q era fraqueza. Dei patê Kelcat puro, colherinha a colherinha. Um saco! Mas ele comeu. E teve um dia mais normal, mesmo que ainda caidinho.
Terça-feira, uma semana desde a cirurgia, está ótimo.  Brincando, respondendo quando chamamos - com miados e caminhando até onde estamos, comendo nos horários padrão dele- manhã e noite. Mas acho q ele desgosta de patê por ficar preso na língua.
Cocô e xixi normais.

RESUMO DA TRAVESSURA COM LINHA?

- consultas, remédios de consultório, exame de sangue: R$ 200,00
- 3 ultrassonografias: R$ 400,00
- cirurgia, internação, anestesia: R$ 2.300,00
- roupa cirúrgica, remédios, comida: R$ 200,00
- stress e preocupação na família toda: não tem preço!

TRICK OR TREAT?
evensi

No Halloween do ano que vem vou dar DOCES ao gato!

UPDATE de 40 dias após cirurgia:

O pelo já escondeu a cicatriz, Nelson está ativo e comilão como sempre, ainda sem juízo nenhum, nenhum!
Mas quando eu costuro, tomo o cuidado de colocar catnip em um brinquedinho dele para distrair da linha!
...

Mais da minha vida gatínea:

este é o post sobre a adoção da Lady Emma, nossa segunda gatinha

tem lady que é uma fera!
e este é o livro que escrevi sobre amores & gatos

a partir dele, decidimos adotar um bichano...

GATAS & CILADAS

bj

Editoras de Vaidade x auto-publicação

olá!
Estava preparando um longo post sobre a história do Halloween, mas ando tão atarefada que o Dia das Bruxas passou e ainda não terminei de listar informações e fontes. Parte da culpa vem de uma discussão que o Quora Digest me mandou.

Sabe o que é VANITY PUBLISHER?

EDITORA DE VAIDADE

TIAS antique shop

Deve ter sido mais uma daquelas coisas que o Google 'advinha' que queremos ler/saber mais e nos manda como se fosse mágica.
Pois bem, esse assunto muito me interessa. Eu sou adepta da auto-publicação (self-publishing); faço desde o meu primeiro livro 'FRIENDSHIP OF A SPECIAL KIND'. 

AUTO-PUBLICAÇÃO

de minhas obras me dá liberdade para decidir capa, diagramação, datas de publicação, todo o processo. Claro, como tudo na vida, esse escolha tem prós e contras...
PRÓS:
- controle do enredo;
- palavra final sobre qualquer revisão;
- decisão sobre capa, sinopse, etc
- royalties exclusivos para mim
CONTRAS:
- trabalhão que dá depois de escrever o manuscrito;
- cuidar do marketing;
- contratar profissionais para me ajudar;
- vender e despachar pelos Correios;
- lidar com contabilidade e aspectos legais.

De tudo, o que mais me incomoda é marketing. Falar para o mundo que meu livro existe e que vale a pena ser lido. Moleza, não...
Mesmo assim, acho que vale a pena. KDP, Lulu, Smashwords, etc foram uma revolução no mercado - que também ajuda na proliferação de obras plagiadas, sem revisão, etc, etc.
Mas faz um tempo que ouço falar em amigas e conhecidas - amigos também - que pagam para ser editados. 

Vou falar, gosto disso não.

imdb

Levei um tempo para entender a razão de um autor pagar para outro editar seu trabalho. E nunca é barato! Outro dia pediram a uma autora que conheço - vamos chamar de Lizzy - R$ 11.000,00 por cada livro da série de 5 romances hot que ela tem. Já estão online (self-publishing) em ebook com boa aceitação, achei que ela não tinha necessidade de gastar R$ 55.000,00 para ter as obras em papel. Não que ela tenha perguntado minha opinião, e muito menos eu ofereci. Apenas fiquei incomodada.
Com a tiragem prometida de 500 exemplares de cada, seria preciso vender cada unidade de livro por mais de R$ 25,00 para haver lucro que a editora prometeu dividir com ela depois que metade fossem vendidos, ou seja, 250 unidades de cada. Com esta Bienal de TUDO POR R$ 10,00, um livro por R$ 30,00 é fora de padrão. Como o meu romance histórico/de época CARTAS À DORA, por exemplo, que é um livrão de 500 páginas e por isso, mesmo indie, custa caro.
Enfim, além de imprimir 500 livros por R$ 11.000,00 (preço de custo: R$ 22,00 cada), a editora prometeu capa, revisão, distribuição nacional. Nesta hora eu perguntei: 

E o marketing? 

Lizzy não soube responder...

Já era o meu tendão de Aquiles, ainda mais depois que assisti minha partner Lucy Dib no bate-papo do espaço Kindle na Bienal do Rio conversando sobre grandes editoras x indie no kindle. Lá falaram que uma grande editora faz marketing de um livro e de outros 200, ou seja, esforços de propaganda divididos entre a cartela de produtos.
Eu então disse à Lizzy que me perdoasse a intromissão, mas se ela tinha essa grana disponível, era melhor gastar em PROPAGANDA. Contratar um assessor de imprensa, propagandas pagas nas redes sociais, na Amazon, sinal de fumaça, aviãozinho com faixa, sei lá. 

rebloggy

Falo isso para todo mundo que me pedir opinião, btw.

Foi então que, como se ouvindo minhas conversas, o Google me enviou a discussão no Quora.
Uma pessoa que se identificou como 'profissional da área editorial' classificou VANITY PUBLISHING como um esquema, uma enganação, roubo. Outra pessoa, supostamente dono de uma empresa de auto-publicação (alguém que dá tratamento profissional ao livro para que o próprio autor coloque à venda) entrou na discussão para defender o tema. Foi bem boa!
O meu ponto de interesse foi a denominação para o que eu chamava de 'serviço de impressão'. Porque se uma editora pega meu manuscrito por grana, faz capa, diagramação, imprime, me manda metade dos livros e guarda na gaveta o resto - ou manda 1 para uma livraria de Salvador ou do Oiapoque - pouco me ajudou. Para eles nem interessa muito VENDER OS LIVROS já que a produção está paga, sem custos para a editora (até algum lucros). Para mim como autora, interessa que leiam o que escrevi e eu mesma me desdobro em postar propaganda. 

Ora, para isso faço sozinha!

A diferença para auto-publicação é que o autor não lida com gráficas ou designers, porque vamos falar a verdade, revisão séria de correção gramatical e copydesk com sugestões de ajuste de enredo só faz mesmo editora que está investindo grana. Revisão prometida por editoras de vaidade nunca rola. Pensa em quantos livros esquisitos ou desconectados você já leu...

A diferença entre uma dama e uma vendedora de flores não é como ela se porta, mas como ela é tratada.
Mesma coisa com livros...
gif fo rebloggy

LUCRO PARA QUEM?

No Quora, a discussão foi reduzida a RISCO. De quem é o risco, no sentido de investimento & lucro financeiro. Abaixo traduzo a melhor explicação na discussão.

- Editores comerciais, lucram com a venda de cópias de livros.  Eles pagam o escritor pelo manuscrito (adiantamento ou COMPRA DOS DIREITOS DE PUBLICAÇÃO, embora às vezes não paguem muito) e fazem a edição, impressão e distribuição sem cobrar do autor.  Eles estão correndo o risco. 

- Os editores de vaidade lucram cobrando dos autores a edição, impressão e 'distribuição' de seus livros (a distribuição é geralmente mínima, por exemplo, colocando-a na Amazon).  O autor está assumindo o risco.

- A autopublicação é onde o autor edita, imprime e 'distribui' seu próprio livro (novamente a distribuição é geralmente mínima, por exemplo, colocando-o na Amazon).  O escritor está assumindo o risco (embora os custos sejam baixos, portanto não há muito risco).

Ficou claro?

No Brasil, não conheço serviço de autopublicação como os que participaram desta discussão, mas acho muito válido. Acho brochante perder meu tempo criativo com formatação, revisão, ajuste de design de capa e às vezes o arquivo é recusado em sites de venda por não estar adequado em um detalhezinho... que me toma horas. Outro dia reclamei tanto da Amazon no Twitter que um consultor gringo deles me ligou para resolver o glitch no sistema. Saco!
Um facilitador de meio de campo agradaria muito! Conhece algum? Me fala!

pinterest

LIVROS DE PAPEL

Autopublicação parece simples o suficiente, novos ebooks entram no ar a cada segundo; livros de papel no entanto são mais complicados. Será?

Que nada ! 

O Createspace da Amazon foi unificado com o Kindle para tornar a conversão de arqivos de ebook para papel mais direta. Particularmente acho que o sistema perdeu em qualidade, mas agora tenho tudo no mesmo painel e controle unificado de rendimentos enquanto meus leitores continuam a poder comprar os livros de papel em qualquer lugar do mundo.
A PerSe de São Paulo faz serviço similar, totalmente online e a equipe é show! Super solícitos, amáveis, interessados. 
O preço de print-on-demand (impressão sob demanda ou por pedido) infelizmente é mais alto do que mandar imprimir livros em quantidade. Uma cópia única custa bem mais caro, claro! Mas o autor não precisa investir grana $$ para fazer 50, 100, 200 livros.
O bacana de autopublicação de livros de papel neste sistema é que o LEITOR paga para receber um livro impresso especificamente para ele, o AUTOR não precisa gastar grana. Mas também não envia livros autografados com marcadores. Nem lida com os Correios. (Isso é bom!)

sweetyhigh

Esse esquema eu adoro, não tenho muito espaço para guardar caixas de livro, o pessoal aqui de casa fica de olho no quanto dou uma de acumuladora. No print-on-demand eu fico livre e quando o leitor entra em contato comigo, mando marcadores autografados - perfeito!

VANITY PRESS não é novidade...

Eu viro e mexo e volto para o século 19! 

A Wiki conta que vários autores clássicos considerados gênios, referência, fizeram uso desse recurso, ou seja, PAGARAM PARA SER PUBLICADOS para ter controle do processo e dos lucros. Lewis Carroll, pagou as despesas da publicação de Alice no país das maravilhas, Mark Twain,  George Bernard Shaw, Edgar Allan Poe, Rudyard Kipling, Henry David Thoreau, Walt Whitman e Anaïs Nin entre outros. Nem todos esses autores tiveram sucesso; o negócio editorial de Mark Twain, por exemplo, faliu.

Espera, foi AUTOPUBLICAÇÃO ou uso de EDITORA DE VAIDADE? 

Os autores estavam investindo no seu sonho, apostando no seu talento... 

FAZ DIFERENÇA?

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Ah, então se eles fizeram, não tem problema nisso!...

DEPENDE!

Esses autores, ao que parece, pagaram pela IMPRESSÃO de livros para vender por conta própria, talvez entregassem em livrarias conhecidas. Tem muita gráfica que faz isso, eu já usei algumas. 
Mas... uma editora COBRANDO para aceitar um manuscrito para seu acervo quando no fundo fará o serviço de gráfica de luxo, ou seja: deixar o livro esquecido no depósito sem fazer força para 'botar na rua', aí eu concordo com o pessoal do Quora: é um esquema!

know your meme

No final o autor fica com um gostinho amargo na boca, acha que foi enrolado ou negligenciado pela editora... Meu conselho: pensa bem antes de assinar um checão para uma editora.
Um dos meus projetos de coletânea começou a rolar desta forma e não gostei da experiência, não. Até pensei em pular fora, mas aí teve treta & treta & treta e tomamos novos rumos. Resumo: Não recomendo pagar para ser editado. 

De qualquer forma, se ainda quiser ler e aprender mais sobre isso, eu li e pesquisei aqui, aqui e aqui.

bjs

e meu último AUSTENITE lançado na Bienal está aqui!

9 vezes Orgulho & Preconceito

Belgravia de Julian Fellowes de Donwton Abbey

Mais uma produção bacana vindo aí, um romance de época du bom adaptado do livro de mesmo nome

Julian Fellowes é o criador de Downton Abbey

Um craque!

O livro saiu em capítulos para ler e/ou ouvir, de pouquinho em pouquinho, para sofrer bastante com os mistérios da trama.

Mas o que é Belgravia?

um hotel?

um nome?

uma cidade?

wiki

Um bairro de Londres!

Do wiki: A área tem o nome da vila de Belgrave, Cheshire, a 3 km da sede principal da família Grosvenor, no Eaton Hall. Um dos títulos subsidiários do duque de Westminster é o visconde Belgrave. Na Idade Média foi área de pastagem, no século 18 era frequentado por ladrões e distante o suficiente para ser um bom  local popular para duelos. A área começou a ser melhor frequentada depois que George III se mudou para a Buckingham House e construiu uma fileira de casas no que agora é Grosvenor Place. 

Belgrave Square
pic de Capus Land

Na década de 1820, Richard Grosvenor, 2º marquês de Westminster, começou a construção do bairro residencial de luxo para rivalizar com o prestígio de Mayfair. Isso duraria pelos próximos 30 anos.

Eaton Square
pic de Knight Frank

Eram grandes edifícios de casas germinadas concentradas em Belgrave Square e Eaton Square. Depois da Segunda Guerra Mundial, algumas das maiores casas deixaram de ser usadas como residências da nobreza e aristocracia para serem ocupadas por embaixadas, sedes de instituições de caridade, profissionais e grandes negócios. 
Belgravia tornou-se um distrito tranquilo no coração de Londres com poucas lojas.

Até hoje esses prédios enormes e bacanas ainda estão de pé e ainda são caros.

rightmove

Uma maisonette no 3º pavto do Terrace - mansão pequena - de 3 quartos, 150m² na área vale R$ 16.867.187,00... Quase 17 milhões!... 

rightmove

Na série/livro, as pessoas moram em Belgravia. Têm dinheiro novo, vindo do comércio, e querem fazer parte da aristocracia.

O próprio Julian Fellowes explicou assim a série.
Quando eu for gente grande, vou querer produzir um booktrailer assim!... Aff, que lindeza!

A sinopse:
'Um segredo se revela atrás das portas do pórtico do mais caro endereço de Londres. Situada na década de 1840, quando os altos escalões da sociedade começaram a se misturar com os emergentes novos ricos, Belgravia é recheada de um rico elenco de personagens. Mas a história começa às vésperas da Batalha de Waterloo, em 1815...'

segredos - pecados - escândalos - filhos bastardos - casamentos arranjados...

Tudo parte deste quadro...

Baile da Duquesa de Richmond

Wiki, de novo: 'O baile da Duquesa de Richmond foi realizado por Charlotte, Duquesa de Richmond, em Bruxelas, em 15 de junho de 1815, na noite anterior à Batalha de Quatre Bras. O marido de Charlotte, Charles Lennox, 4º duque de Richmond, estava no comando de uma força de reserva em Bruxelas, que protegia a cidade no caso de Napoleão Bonaparte invadir. Os festejos foram interrompidos logo após a chegada do duque de Wellington, quando ele foi notificado do avanço inesperado de Napoleão na encruzilhada próxima de Quatre Bras. Isso o forçou a partir depois de ordenar que seus oficiais saíssem do baile para se juntar a seus regimentos. Alguns oficiais logo morreriam em batalha, ainda vestidos para o evento social, e a pungência do drama forneceu um tema duradouro para artistas, romancistas e poetas.'

Já li que Wellington já sabia do quiprocó de Napoleão na fronteira quando foi a este baile, e por isso ele foi ao arrasta-pé, para fazer contatos importantíssimos que seriam necessários na guerra.

radiotimes

Agora sobe o post e assiste ao trailer de novo...

vou assistir, com certeza!

será do canal EPIX...

falei do livro aqui
falei da minissérie aqui

bj

All the women in Gentleman Jack

hello! It's been a while since I watched Gentleman Jack but I'm still in love with the series... How couldn't I be? 

twitter bbc one

At first I was mainly curious about it because it is set in 1832, the time frame for my historical Jane Austen fan fiction novel ECLIPSE OF THE HEART, book 2 of the LOVE IN 3 ACTS trio. 
As a Brazilian shying from writing historical fiction set here (especially in Rio de Janeiro) due to the abhorring practice of slavery that only started to ebb away from 1888 on, I'm always thristy for research material - any kind I can get my hands on. A  BBC/HBO production couldn't be too far from the reality, not that I keep checking to make sure the poetical licenses are not too big... Nope, not me. Huh, huh.
And what was my surprise and deep curiosity? I had never heard of  Anne Lister before.

shame on me!

I'm always sniffing around for any sort of files, manuals, historical documents, great personalities and still, nothing of the remarkable life of this woman had ever came to my knowledge. Not a clue! I was deeply disappointed in myself. 
So there was that characteristic of her homossexuality and the fact that Anne Lister wasn't the only one at the time. Duh! 

This I was aware of, humans are humans since forever, it's in our nature to experiment and cross boundaries in order to find a place to fit. Or a life style. Or a self-assurance. 
My historical romance novels tend to talk about that, the search; in the LOVE IN 3 ACTS trio there is a homossexual character, a nobleman, who lives a socially accepted life in the outside; his whole in Darcy & Lizzy's affair grows and shifts according to the problems they find. But he is a guy, and rich. How much different/difficult it was for a woman?
Women's little lives were so much more constrained than ours, what could they do about 'unusal preferences' in the 19th century?
Oh, btw, I have to warn you. I'm the spoiler queen and this post is filled with info and bits and POV. 

historical place at the Lister family property, Shibden Hall - Halifax 

For all those reasons,
this show was pure delight for me! 

These are the opening credits, notice the fantastic wardrobe for Anne! Petticoats, long skirt, pocket watch, cravat, coat and top hat! 

Ha! 

So ambiguous, so hybrid!

She is (was) a lesbian. Yes.
There are sexual insinuations of a liaison between women. Yes.
Anne seduces women. Yes.
But also there is something else no one considers:

THE POV OF OTHER WOMEN
and that is wonderful!

-Aunt Anne, old and sickly, who lives vicariously through her niece's (Anne Lister) aventurous life;
-Marian, Anne Lister's sister, spinster and hopeful, who makes a huge effort to marry in order to save her own life; 
-Eugénie, the wanton and stupid maid, who falls in love for any man and ends up rejected;
-Condingley, the wise and nice maid, who was thrown into the cook post because an illness prevents her from keep travelling with Anne;
-Mrs. Priestley, the prejudiced and gossiping neighboor, who plots against Anne for misunderstanding and judgement of other people's love choices;
-Ann Walker, poor rich girl, who is exploited & abused for her beauty and money by relatives, men, servants;
-Elizabeth, Ann Walker's unhappily married sister, who was duped by her husband interested in her money, not her company;
-Mrs. Aimsworth, deceased, unhappy and unable to fight her vile horrible husband;
-Mary, the frightened and abused tenants' wife, who lived under her violent husband's reign of terror;
-Susannah, the curious and smart steward's daughter, who marries a man without knowing he killed his own father;
-Mariana, rich and smart friend of Anne Lister, who decided to marry a man for fear of social sanctions to her sexuality;
-Anne Lister, our hero, a woman ahead of her time, adventurous, smart, clever, learned, who cheats on the society's restrict rules imposed to women. Of course, it wasn't cheap. 

twitter bbc one

These pictures came from BBC one on Twitter, all beautiful photos of the female characters compared to delicious treats... I thought it so... interesting. Of all the thousands of allegories they could have chosen, it was food to be eaten, indulgencies, small sins even. 

During the first three episodes I was very excited about wardrobe, settings, great acting, Anne Lister's manly funny gestures. She is very amusing and... Gentlemanly. The way she speaks, move around, behave when in women's company - very interesting detail is that she is allowed along women anytime because she is one of them, although she behaves like a man. The liberties only man of the family could have with the women but actually being a friend paying a visit. Ha! Many times she is in her shirt and waistcoat, no coat at all, while talking and telling jokes about her travels around the world.

hollywood reporter

And when she eventually wears girly dresses, it is hilarious!  

Ver essa foto no Instagram

"All night I kept thinking if you'd have seen me, you'd laugh. I had to wear white satin, head to toe in white satin. I had two birds of paradise in my hair. One of them fell out in the carriage, but I managed to stick it back it. I don't think anyone noticed but I made a bit of an impact one way or another." 🎩 #annelister #surannejones #gentlemanjack #pride

Uma publicação compartilhada por Gentleman Jack The Lass (@gentlemanjackthelass) em 12 de Jun, 2019 às 1:03 PDT

I kept wondering and comparing, thinking that if it was the reverse, if such thing could happen... if, if, if... Then I searched her diaries and found out that the writer of the show Sally Wainright (who did such a greeeeeat job) actually used SEVERAL QUOTES verbatin! And then I stopped. It was better to research after I finished bingewatching the show to avoid finding errors or too big licenses. It was the best thing I could do!

hiccup broom

That way I could enjoy all the small little sweet details as the perpetually sagging shoulders on the depressive Ann Walker's dresses opposed to the smart outfits for Anne Lister; the colorful prints in Marian dresses, the rich dresses for Mariana and the watery tones for Elizabeth, the sad sister.

So I arrived in episode 4. 

This scene was when the show really got me.
It came from another important one when Anne Lister demands an answer from Ann Walker: she must decide if she prefers to stay by her side (Lister) or marry her late friend's widower (I talked about Aimsworth above). Pressured, the depressive Ann sends a fruit basket (such an expensive gift) to Anne with a letter asking her to pick the answer 'yes' or 'no' from a pouch hidden between the treats since she is unable to solve her own life. Anne goes mad in rage and desperation, visits Ann and shouts if other people's lives are only a child's game to her. And then, me who was enraptured by the events so far, went mouth agape with this >>>
Watch. 

Did you notice the bidings of female reality? 

The many layers of social restraints?

The rich heir was abused constantly by her sickly friend's husband while the woman was in the joining room. Did she know and allowed because she was older than the husband (the 15 years difference between husband and wife is mentioned earlier in the show; also that the friend used to say that when she died, it would be up to Ann to care for the husband... Poor man... Boohoo!) Was she being fooled? Was this something created for the show? I didn't have the guts to research...

This complicity with us is very cool, each episode has such one moment. Usually this 'breaking of the 4th wall' is something funny or teasing, but this one broke my heart. 

From this point on I started to pay more attention to the other women in the show and found distance from the 'lesbian' - which was supposed to be the main attraction. The Anne Lister shown is much more than her sexuality, what at the time was considered 'something that people did' and not 'what people were'. She was the queen of her domain, cared for her property, made investments, bought, sold, decided everything... As much as we do today and as many of us still cannot do. It was pretty amazing!

In real life, Anne and Ann got anonymous hate mail too, only crueler than in the show, dirty jokes like posting adds searching for husbands in their names. In the show Anne is attacked violently and painfully humiliated. Also her sister in a very moving scene. Ann suffers from depression so severe that she ends up falling under social pressures. Elizabeth regrets having put herself in the awful position of her own husband's hostage when she accepted the unfortunate marriage. 

Life is hard in any era, I suppose.

annelister co

I believe that Anne Lister didn't actually have the intention of leaving us moral lessons, she kept journals for her own cathartic needs. It is said that she took the habit when she was isolated in an attic in tender age while at a boarding school. At the time she started a code (above) that she used up to her suden death, maybe from a mosquito bite along a tour through Russia - she was 49 years old.  

annelister co

As Jane Austen, she too wrote long letters and sometimes used the paper as much as she could scribbing in different direction. 

catablogue

But even unwittinly, her diaries left us incredible clues of female evolution through time. You don't have to be lesbian to enjoy the show or admire her amazing deeds. In fact, you may even fast foward the risqué scenes if you'd rather - or skip them altogether. Not many anyway. 

BTW: Gentleman Jack was a manner one of her lovers addressed her in mail, to disguise the homossexual liaison...

All in all, watch it. 

It's worth it.

look out point tv

I'm anxious for season 2!

see ya

I researched  here, here, here, here, here, here, here, here and stopped because I have a lot to do, But could easily spend the whole day at it. 

All videos came from BBC one on Twitter. Many thanks.

A Victorian Romance - All those Dukes - chapter 2

Hello!
The lovely Victorian Romance, ALL THOSE DUKES, is already available and I'm posting the first two chapters here!

enjoy!

First we met Duck, the Marquess and his father, the Duke. Also a longtime thorn in his side, the difference in their appearance.
Soon after they meet - and we get to witness - a lively family of a tradesman called Johnson who has a pretty niece. Jessica Ellen is a widow dedicated to anthropometry.
Nothing much comes from their first meeting aside from a casual interest and an amusing coincidence in their lack of interest in marriage...
Now, as we dive into the story, the plot gets more serious...

Well, no. There's no Duke Ellington here. 
The Duke of Wellington is mentioned, but we do have many Dukes in this novel...

let's get to the 2nd chapter:

ALL THOSE DUKES

a Victorian men novella
read chapter 1

chapter 2

1

Unfortunately, instead of turning dark in features to look more like the father Duck adored, as he so wanted, what came was the day he met a hurtful truth: a tall, fair, handsome distant cousin had spent a long visit at their estate, Storm Grove Hall, in 1824, the year before his birth.

And what made matters worse was the occasion of discovering such a thing: the passing of his adored father, the Duke of Somerchester.
Unstoppable coughs, ever so durable tiredness, ineffective bleedings, useless cordials, all that the best surgeons in London could offer the Duke only provided the Marquess one week with his infirm father. Should he had been better advised, he would have left Spain earlier to spend the last year at home, he could have done more, taken his father abroad where the weather was warmer, so many possibilities hurting his heart that was already bruised with the regret of never inviting the Duke to Madrid because of the frown -  lips’ pursing - eye averting – exaggerated compliment ritual. 

Now it seemed irrelevant.

His father was dead, he was the new Duke and finally could face the ugly truth of his paternity.

For that, he even had started to devise a plan…

---

At the other side of town, in a comfortable townhouse, Frederica read the paper while Johnson and Ellen tried their luck with a giant jigsaw puzzle at the table by the window.

As they discussed where did a particular part of the coast of Cornwall fit, Frederica gasped loud. Stood. Cried. ‘Good Gracious!’

‘What?’ Johnson looked at his sister over his lenses that rested on the tip of his nose.

‘The Duke, such an elegant little man, could be one of my figurines over the mantle, so well attired and polite, wise too… With that beast of a Greek god of a son, bless that lad.’

‘Somerchester?’

‘Yes, Somerchester, we just met the man the other day.’

‘Eight days.’ Ellen mumbled. How could she forget? The day she had arrived in London after spending most of her life in India and France, and on arriving, was exposed to a huge shaming.

‘Dead.’

‘What?’

‘Dead, the little elegant rich Duke. Dead.’ Frederica turned the newspaper.’

‘Let me see that.’ Johnson crossed the room bumping his shin on a chair and a side table, took the paper from his sister’s hand and almost glued it to his nose.

‘What killed the Duke, aunt?’ Ellen whispered. ‘Poor man, he seemed fragile, didn’t he?’

‘He was sickened for a while, always had been if you ask me. He was a weakling.’

‘Don’t speak nonsense, Freddy.’

‘He was, brother, and you know it!’ She stomped. ‘He was our customer, bought tea and opium sometimes.’ Rushed voice. ‘But comparing to the rest of his family, he was the smaller of them all, short and dark. You saw the son, tall and strong.’

‘The duchess was a beauty, then? Have you met her?’

‘She was a handsome lady, yes. But the lad, the Marquess, he has the family blood. The weak blood from the father didn’t pass on to him.’

‘That does not make sense, aunt.’ Ellen shook her head. ‘It is the father who produces the son.’

‘With the blood from the grandfather.’ Frederica shook a finger in the air. ‘I may not have a diploma as you do, smart girl, but I do know the dealings of nature. I have watched the chickens that feed us, I observe the neighbors breed. Nature has not blessed me with children because it has given me sagacity.’

‘Amen!’

‘You jest.’

‘I do not!’

‘Here.’ Frederica moved to the mantle and chose three china figurines, delicate ladies in ball dresses. ‘The lady in white is grandfather, the lady in blue is the father and the lady in pink is the son.’ She arranged the three on the table over the half-assembled puzzle.

‘I see.’

‘The grandfather is a big man but during his life he spends his health in games and houses of ill repute.’

‘You know that of the former Duke.’

‘I suppose.’ Frederica shrugged. ‘Let us make suppositions.’

‘Fine.’

‘So, the grandfather seems strong but his blood is tainted. He passes it to his son, the father.’

Ellen shook her head. Son becomes the father… Oh, dear.

‘During his lifetime, the son is a weakling, for that he has a clean bill guided by good surgeons allowing the family excellent blood to gain strength, returning to the previous form.’ At that, she returned to the mantle and selected several other figurines to arrange behind the white lady. ‘These are the ancestral, all good blooded.’ She nodded, Ellen nodded back. ‘So, when this one, the father produces an heir, the child is blessed with the family blood.’

‘Good blood restored.’

‘Exactly!’

‘Ah, I see…’

‘Careful with these theories using the Nobledons, Freddy.’ Johnson mumbled. ‘The Dukedom of Somerchester is rich and powerful, a good client of ours.’ He shook his head. ‘I’m heading down to the office at the warehouse, surely there is something I can send for the lad. A card, perhaps.’ A moment of silent was spent in honor of the dead Duke. ‘You should come with me, Freddy, to help with etiquette and all.’

A quarter of an hour after her uncles left, the doorbell rang announcing morning visitors. Ellen should only expected callers in the afternoon since she had no close acquaintances in town, but didn’t think it odd at first, her aunt usually stayed at home in the mornings.

Even so, when the housekeeper delivered the expensive card, she was intrigued. ‘Am I well dressed, you think, Mrs. Warner?’

‘A bit Frenchy, dear.’ The housekeeper twisted her nose. ‘This fashion is… modern.’ She said as if it were something pejorative.

‘This has to be god enough until the new dresses I ordered with aunt Freddy arrive from the mantua maker.’ Ellen smoothed her skirts, inspected her face and hair on the mirror between the windows. ‘Show the Marquess in, he is too important to wait in our hallway.’

‘I will send your man servant as well. Better take care.’

Ellen could complain or say it wouldn’t be necessary, but she didn’t know what the grieving nobleman could possibly want.

‘Mrs. Dearstring.’ Duck said at the door. ‘Thank you for agreeing on seeing me without previous arrangement.’

‘Milord.’ Ellen curtseyed. ‘Allow me to pay my respects. We just read in the paper about your father, the Duke. I am horribly sorry.’ Her eyes met his, both of them could see they shared the same sentiments. ‘Barely two years since my father passed, it still feels like it was yesterday.’

‘I appreciate your words.’ He nodded with his hat and cane between his hands. ‘The last few hours have been absolutely…’

‘Heart-wrenching.’

He nodded again.

‘My uncle has left.’ She said. ‘He took my aunt to the office, to take care of pleasantries for you, actually.’

‘I know, I had someone waiting outside. I wanted to speak to you alone without calling much attention.’ 

‘Milord?’

‘May I?’ He pointed the sofa.

‘Please!’ Ellen hurriedly collected cushions to open space for the big man and sat on an opposed armchair holding them all to her chest.

‘I have come to hire your science, Mrs. Dearstring.’ Duck said. ‘Forgive me for being blunt, but my bearings are lost these last hours. My mind is filled with worries.’

‘The remembrance is vivid, rest assured I understand you perfectly.’ She waved without taking her eyes from him. ‘How can my science help you, milord? I mean, your grace.’

Duck twisted to where she waved and saw a dark skinned man, face of one who has very few friends in the world. ‘That man… He was at the restaurant when we met last week.’

‘Was he?’

‘I am sure.’ Duck turned completely to the door. ‘Please, sir, what is your name? What do you do for a living?’

‘He is called Jai, your grace, Jai Agarwal.’ Ellen answered. ‘He is my friend, works for me, with me actually. My father raised and trained him as a skilled secretary and when he passed, we were both orphaned.’

‘Your man servant follows you, is that so?’

‘He is my friend, a brother; my father’s friend.’

‘Your late husband used his services as well.’

Ellen glanced at Jai who had one of worst frowns one could get and back at the Marquess – or new Duke. She nodded. ‘How can I help you in this hour of need, your grace?’

‘Can we be left alone?’ He asked. ‘Send him away.’

‘Jai holds my total confidence.’

‘Not mine.’

‘Your grace, you came to me with some sort of request on the day of the Duke’s passing-’ She widened her eyes. ‘Something secretive, you want my scientific opinion on?...’

Duck tilted his head towards the door.

‘Jai, please give us a moment. Could you close the door and make sure no one bother us?’ To Duck, she half smiled. ‘Can I offer you tea or-’

‘No, nothing.’

‘Please, Jai?’

The man answered something Duck didn’t understand, Ellen nodded, they heard the door close and she nodded to him. 

‘No one will bother us. Jai will post guard at the door.’ 

‘Mrs. Dearstring, since the night we met at The Golden Plate, I have been thinking about you. Something you said struck me.’

Oh, no… Good thing her uncles had left or she might hear the m most charming hoarse voice expose her… So handsome…

‘Your science deals with genealogy, you said.’

‘I did say that, yes.’ She agreed with relief.

‘I need you to investigate me.’

‘Pardon?’

‘Your uncle said that you can measure people to determine genealogy.’ He extended and twisted his arms. ‘I have a suspicion of a cousin of my father who will be coming for the funeral, therefore you shall have the opportunity to find clues and guess as you please.’

‘Just one moment, your grace.’ Ellen showed him both palms. ‘I do not play a guessing game; neither do I search pieces to make them fit as jigsaw puzzle.’ She pointed the table where she had been playing with her uncle. ‘Anthropometry is a serious science, we research morphological characteristics of the human body, anthropometric measurements to identify individuals.’

‘Are you saying you answer my needs?’

‘Tell if the cousin is indeed part of your family.’

‘That is irrelevant. I am interested in my own genealogy.’

Ellen paused for a moment. ‘Identify your real genitor?’

‘Yes.’

‘Merde!’ Ellen swore in French. ‘This is insane, your grace.’

‘This doubt taints my being, Mrs. Dearstring!’ Duck stood to hold the mantle and hang his head. ‘I need to be sure that the most perfect man who lays motionless in his death bed was my real father. There couldn’t be a biggest honor in this nation, and I feel inappropriate to take his title.’

‘Resist the grief, your grace. It’s the pain talking.’

Duck turned from the mantle with such a stare that spooked Ellen. ‘You don’t know me, you cannot know.’

‘I have experienced terrible losses, I know.’ She whispered.

‘Devil take me!’ He groaned. ‘You are unable to work on such matter.’ A strong feeling of despair took him over and he could only hold in a tremor. ‘How much do I owe you for this inconvenience and your silence?’

‘I didn’t say such a thing.’ She shook her head. ‘But to determine what you ask through anthropometry; there are steps to be taken. First, I would need to… measure the Duke. That is a disgraceful thing to -’

‘Can it be done?’

‘Sure. That is how we study, in fact. Measuring cadavers.’ She finished in a whisper.

‘You are strong willed enough to do it on your own, then.’

‘I count on the assistance of Jai.’ She pointed at the door. ‘My friend who you just met and distrusted.’

‘If you vouchsafe his discretion, as I believe yours is to be gained, I can arrange opportunity for you to take these measurements tonight.’

Ellen was silent.

‘By then I shall have a contract for us to sign in the presence of my valet and your man, they should provide witness enough. You will not be able to make public any results acquired with this, even if in the end you think the payment I offer is not enough.’ Duck said. ‘I offer three thousand pounds; we can make further agreements later tonight. Will 9 in the evening be convenient?’

She could only nod and watch in astonishment as the handsome man nodded back and left without another word.

That much money for such a task!

A fortune one takes a lifetime to amass… It meant freedom, independence, means to dedicate to science, further specialization, funding for university studies!

How would she justify her absence to her uncle and aunt?

And how to conduct such an investigation without supervision of a professor?

How exciting!...

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