& Moira Bianchi: A Vingança

terça-feira, 30 de abril de 2019

A Vingança

Olá,
Sempre é tempo para uma historinha. Mais um NANOCONTO, algo para divertir pensando que os gentlemen também sabem ser vis e vaidosos... 
A Vingança


   Woods carregava uma mágoa na vida, o coração partido que lhe pesava mais que o sino da Catedral Metropolitana.  Uma vez ele entregou suas esperanças de um futuro feliz para uma dama e ela o rejeitou. 'Gordo', ela disse torcendo o nariz. Desde então, seis meses antes, Woods não parava de pensar e lembrar em como  Abigail - onde ele estava com a cabeça,  oferecer sua mão a uma dama batizada como uma criada de chambre! - o olhou com desdém dizendo que a ele faltava o cultivo da boa forma. Winston, este sim, era atlético,  nadava e portava sua figura com garbo! 'Huh, pois sim.' Mal sabia a tola garota que o devasso frequentava as casas mal faladas do porto e já  marcava temporadas no spa para tratar da gota devido a seus exageros com a bebida. Quanto a ela que se dedicava aos pequeninos bombons de nuts fondados, a circunferência notadamente assumia um vislumbre mais elíptico.  Fosse por estar semeada ou esganiçada por doces, pouco importava a Woods que defronte ao espelho se admirava mais esguio. Pena o tique que lhe piscava o olho direito a cada duas fungadas conforme o choque da cinta lhe controlava as gorduras e os ímpetos másculos.

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*FIM*


Que tal os esforços de Woods para entrar em forma, huh?
Cinta com choques? Comé?

Os Vitorianos, como todos antes deles e muitos depois, tinham certo cuidado com a aparência física. Como a ciência estava em desenvolvimento, haviam grandes gravidades como sabonete de arsênico para limpeza da pele, protetores para bicos de seios para amamentação feitos de chumbo, xaropes de cocaína e essas cintas de choques para estimular as gorduretes e mucho más.


Illustrated Penny tales, 1894
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Fala-se que charlatanismo são práticas médicas não comprovadas ou fraudulentas, muitas vezes através da venda ou aplicação de "medicamentos miraculosos". Em inglês, palavra "quackery" vem da idade média quando esses remédios, mercadorias, eram vendidos nos mercados populares ou feiras, ao berros - 'quack' significa 'gritar'. Charlatões oportunistas frequentemente usavam técnicas de vendas entusiasmadas e enganosas, incluindo sermões espetaculosos, produções teatrais e truques de confiança. Esses vendedores muitas vezes pulavam a cidade antes que o esquema fosse totalmente descoberto. Nos EUA, só em 1906, passou a Lei de Alimentos e Medicamentos Puros. Até lá, houve muita contaminação na intenção de cura - direta ou ocasional.  

Com o advento da eletricidade nas primeiras décadas do século XX, o charlatanismo chegou aos dispositivos elétricos que foram amplamente fabricados. A maioria dos aparelhos usava uma leve corrente elétrica ou luz ultravioleta e, como equivalentes em líquido e pílula, que prometiam uma infinidade de curas e fortalecimentos.
Cintos eram um must! 
Algo como pílula azul + dieta instantânea unidas!
As propagandas, muitas em todos os meios - jornais, revistas, etc - diziam que as cintas/cintos tratavam de tudo um pouco: exaustão, impotência, indigestão, doença hepática, distúrbios nervosos, doenças cardíacas e hérnias.  Tem uns que mostram uma alça, outros um saco penduradinho... Que curioso. Achei propaganda da da Pulvermacher Galvanic Company“No nosso tratamento, o Suspensory dá o suporte necessário ao escroto; ao mesmo tempo, as correntes eletro-curativas, que podem envolver as partes que sofrem, gradualmente igualam a circulação do sangue nas veias dilatadas e produzem uma cura permanente ”.
Eita que senti doer! E olha que nem tenho onde prender essa alcinha...


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 E se você quiser tentar, existe aprimorado hoje em dia!...


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bj

pesquisei aquiaquiaqui

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