hoje é o dia, *lançamento* de
'ECLIPSE DO CORAÇÃO'
e o cuore, você pergunta?
Ih, a mil!
historik uk Essa é Lady Hamilton, não é a jovem Pauline Hopkin que você conhecerá em seus 30+ em 'Eclipse do coração', mas para mim ela personaliza a beleza clássica da pobre-menina-bonita-demais-para-seu-próprio-bem no início do século XIX. Entenderá quando ler. Um dia blogo sobre Emma Hamilton, ela merece. |
Mas calma com o andor!
Estamos aqui no livro 1, 'ECLIPSE DO CORAÇÃO' e por enquanto, tudo são flores na Inglaterra. Bem, quase tudo.
BTW, sim, a série está bem adiantada, toda alinhavada, plotted, livros farão todo sentido. Prometo.
Então, CADA LIVRO DA SÉRIE, focará em 3 pontos básicos:
1- a influência desses CUPIDOS na família Devon e seus agregados (e são muitos);
2- um (ao menos) romance principal;
3- evoluções e ambientações históricas do período.
Sempre muito delicadamente, a narrativa conduz o romance dos protagonistas em um delicioso boy-meets-girl ou girl-meets-boy ou ainda, girl-has-to-marry-boy. Tem muita treta vindo aí.
Escolhi o período da primeira metade do reino de Victoria porque acho muito fascinante como as instituições evoluíram rapidamente. Depois de séculos no mimimi de sucessão por ideologias religiosas, o casamento maritalmente feliz de Victoria e Albert e a paz no continente pós Guerras Napoleônicas trouxeram ambiente favorável para a avalanche de modernidades da revolução industrial.
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Os Hopkins são classe média, herdeiros de pequena propriedade, precisam trabalhar.
Os Devons são ricos, herdeiros de vastas propriedades rurais e investimentos altos.
Quando as duas famílias se juntam, abrem um leque de grandes possibilidades, pois, de mentes abertas, cosmopolitas, pretendem expandir negócios visando atender a nova Inglaterra que se auto-constrói.
E tem tanta coisa...
Logo de início encontramos a protagonista, Pauline Hopkin, solteira acima de seus 35 anos de vida, o que para a sociedade era perdição total. Hoje já é um poço de chateação, imagina em 1835 quando se passa 'Eclipse do Coração'... E ela guarda muitos segredos em sua serenidade, é como um mar calmo escondendo um maremoto que um cavalheiro garboso vem singrar com seu veleiro... Coitadinho, mira no que vê, acerta em algo muito maior do que poderia lidar...
Haveria de haver, né?
E havia!
Pauline conduzia o negócio de exclusivos leilões de arte de seu irmão Wellesley Hopkin, Kin para os íntimos.
'Revolucionária na indústria da Arquitetura'
'Coisa muito rara, tanto uma artista quanto uma mulher industrial bem-sucedida'
culture concept |
Não só ela tocou seu negócio, como desenvolveu processos e produtos, criou demanda e mercado. Mulherão virada no jirayia!
culture concept leão de Westminster bridge feito de Coadstone perfeito e lindo e majestoso até hoje |
Na Rússia, década de 1810, cerca de 15% das fábricas de papel, tecidos, utensílios de metal, vidro e refinarias eram de propriedade feminina. fonte.
Com a expansão do mercado têxtil, nas fábricas o trabalho feminino era cada vez mais requisitado (infantil também, infelizmente) como vimos em North&South, e dentre as trabalhadoras haviam as líderes sindicais (proto) e as chefes.
As escritoras e poetisas que fizeram carreira assinando seus nomes depois de Austen (que por muito tempo usou 'a lady') como as Bronte, Shelley, etc.
1st art gallery |
Andamos para frente e para trás no mundo, é um círculo vicioso.
Nas palavras de Lucy Stone, famosa feminista e abolicionista do século XIX (olha o spoiler de para onde estou levando os Devon...):
'Eu era uma mulher antes de ser abolicionista.
Eu devo falar pelas mulheres.'
thought co. |
Ainda de Lucy Stone, que mesmo depois de casada, manteve seu sobrenome de solteira:
'Eu não sei o que você acredita de Deus, mas eu acredito que Ele deu anseios a serem preenchidos, e que Ele não quis dizer que todo o nosso tempo deveria ser dedicado a alimentar e vestir o corpo.'
Bem, deixemos que ela fale por si mesma, certo?
Leia mais sobre a série aqui
e sobre o nome Devon aqui.
bj
aviso: todas as imagens achadas no google sob procura: 'victorian lady' e 'victorian painting'
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