que Jane Austen tem o poder!
Ms. Austen vem encantando e unindo pessoas desde 1813 com sua 'criança mais querida', Orgulho e Preconceito, que faz 200 anos de publicação hoje.
Já postei em Inglês com uma estória curtinha, mas a minha querida 'Amiga Darcy' Jacqueline acabou de postar uma 'carta aberta aos amantes de O&P' tão fofa que eu a convidei e ela aceitou ser minha primeira cronista convidada.
Bem vinda, querida Jac!
AUSTEN POWER
Jacqueline Plensack Viana
É uma verdade universalmente conhecida que algumas lembranças da infância duram para sempre.
Eu tinha 9 anos quando Jane Austen entrou na minha vida. Lembro-me como se fosse hoje. Era mais um fim de tarde comum de 1997. Eu tinha acabado de voltar da escola e ligado a televisão na TV Cultura (meu canal favorito hoje e sempre) para assistir o bloco de programas infantis que passava no horário. E que bloco era aquele! Naquela épica tínhamos, exibidos quase em sequência, "O Mundo de Beakman
E eis que uma dessas histórias, exibida logo na primeira temporada, era "Orgulho e Preconceito".
As confusões vividas por Joe e seus amigos devido a uma série de boatos levaram o pequeno Wishbone a se lembrar da história de Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy, o mais provável casal improvável da literatura. Lembro-me de me apaixonar pelo cãozinho vestido como Sr. Darcy e, se olhando hoje a representação de uma história do periodo regencial britânico beirava a vergonha alheia, pelo menos o diálogo espirituoso foi mantido, o que me deixou ainda mais fascinada e contribuiu para que a história ficasse em minha cabeça durante muitos anos. Tempo suficiente para eu entrar no primeiro colegial e ainda me lembrar dela.
Quando entrei para o colegial, a primeira coisa que fiz foi providenciar um cartão da Biblioteca Municipal Nair lacerda, que ficava bem ao lado da escola, dentro do prédio da prefeitura. E claro, "Orgulho e Preconceito" foi o primeiro livro que peguei. E desde então me encantei perdidamente. Me encantei pelos acessos de nervos da Sra. Bennet, pela indulgência e bom humor do Sr. Bennet, pela bondade de Jane e Bingley, pelo comportamento tolo de Mary, Kitty e Lydia. Me encantei com a praticidade e coragem de Charlotte Lucas, o charme bandido de George Wickham e as frases ridículas do Sr. Collins. Me encantei com o bom senso da tia Gardiner. Me exasperei com Lady Catherine e sua predisposição a interferir na vida alheia e vibrei com a resposta à altura de Elizabeth Bennet....
Ah, Elizabeth!
Ainda na época do "Wishbone", fiquei tão impressionada com Elizabeth que dei o nome dela a uma de minhas bonecas mais queridas. Sempre quis ser como ela: espirituosa, arrojada, inteligente, independente e ainda assim capaz de errar miseravelmente no julgamento do caráter alheio. E seria impossível pensar em Elizabeth sem Sr. Darcy. O modelo de macho alfa que encanta gerações de mulheres há dois séculos. O homem perfeito, que supera suas limitações e muda por causa da mulher que ama. Os dois se transformaram no arquétipo do casal amor-ódio e a história deles a matéria-prima de onze entre cada dez comédias românticas já escritas e encenadas. Até hoje vivo mudando de ideia sobre quem representa o orgulho e quem representa preconceito do título.
Mas o que mais me atraiu em "Orgulho e Preconceito" não foi uma história de amor. Foi a divertida crônica uma época de bailes maravilhosos e sonhos pastoris, em que o primeiro emprego de uma mulher era achar um marido para não precisar trabalhar, em que a Revolução Industrial começava a mudar a cara da Inglaterra. Acima de tudo, pela sagacidade de seu humor. Jane fazia uma comédia de costumes como poucos.
E hoje a criança querida de Miss Austen chega ao segundo século de vida mais atual e reencenada que nunca. Adaptações boas
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Por isso, posso apenas agradecer a você, Jane Austen, onde quer que esteja.
Este texto é dedicado a todas as minhas amigas Janeites. Tanto as marcadas no post original quanto aquelas que não tenho no Facebook, mas que são tão igualmente queridas.
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Só não concordo quando Jac põe Mr D. em segundo plano... sua malvada!
O episódio de WISHBONE que Jac fala é esse aqui.
Obrigada Jane Austen, por me dar seus personagens cativantes, uma estória que parece não ter fim nas suas interpretações, um hobby que adoro e ainda mais: amigos queridos, meus Darcy friends!
Feliz 200 anos para nós todos!
Aviso: texto lindinho da Jacqueline P Viana, imagens do Google.
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