Oi, oi, oi!
Estou aqui curtindo o verão, digo, inverno no Rio. Pelo menos 30º, caramba!
E quem não quer largar tudo e ir para praia, né? Nossa, nada mais gostoso que matar tempo na praia, no meio de um dia de semana. Mmmm...
Adoro ser turista... Mas como aqui no Rio de Janeiro eu sou local e não turista só posso suspirar de inveja quando vejo gringos vermelhinhos como camarão no metrô, carregando suas indisfarçáveis garrafas de água de 1,5lt.
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Olha a mala da Lizzy... Quero dizer, a bagagem da Lizzy... Vc entendeu, né? |
Pelo menos posso escrever sobre Mr Darcy e Lizzy sendo turistas aqui pelas nossas bandas. Yay!
Como prometi, segue a segunda parte da estória do amor de verão de Mr Darcy e Lizzy. Serão 4 partes, a primeira postada na semana passada e as outras duas nas próximas semanas. Espero que esteja gostando.
Como William Darcy poderia ter conhecido Lizzy Bennett
classificação Adulto (+18)/relacionamentos homossexuais são mencionados
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Olha a Lizzy aí na Tirolesa, curtindo todas em Paraty e Trindade. |
Cenas do capítulo anterior: Will e Lizzy acabaram de se conhecer por acaso em Trindade, Paraty -RJ. Infelizmente ele falou demais e ela ouviu, o que criou um mal estar entre eles apesar da óbvia atração que sentiram. Agora eles estão prestes a se conhecer formalmente. Será que Darcy vai conseguir desfazer mais esse mal entendido?
O grupo de Seattle está de molho na piscina natural do Cachadaço e de repente os amigos de Meryton aparecem saindo da mata às gargalhadas.
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Jane, sempre preocupada com o bem estar alheio, tentou
começar uma conversa. Ao ver Charlo alvo de deboches e picadas ela nunca
conseguiria resistir à tamanha oportunidade de ajudar. ‘Puxa vida, sinto
muito... Você está se sentindo mal?’
‘Meu orgulho está mais ferido do que qualquer outra
coisa.’ Charlo respondeu franzindo o rosto numa careta quando sentou um pouco
afastado de Jane na enorme piscina natural sentindo o arde e cura da água do mar no seu traseiro prejudicado. ‘Para falar a verdade, dói um pouco sim...’ Gemeu.
‘Você não viu o formigueiro?’ Jane perguntou em voz
preocupada pensando em como poderia ajudar esse estranho que de alguma
maneira lhe era familiar. Afinal de contas, os dois tinham a língua materna em
comum nessa terra estrangeira.
‘Não, tinha um monte de folhas e eu decidi sentar numa
pedra…’ Mas antes que Charlo pudesse se explicar, Lizzy chegou perto rindo e
abanando o rosto com sua camiseta em uma tentativa vã de espantar o calorão.
‘Ele estava distraído, curtindo com a nossa cara!’ Falou em uma risadinha irônica sentando perto de Charlo nas pedras em volta da
piscina.
‘Elas estavam fazendo corpo mole!’ Charlo reclamou
igualzinho a uma criança mimada fazendo queixa dos amiguinhos para a
professora enquanto Dennie explodia em riso.
Jane riu com eles também; os três amigos eram muito
engraçados. Devem ser amigos há um tempão, ela pensou. Lizzy ficou
contente que a loura bonitinha estava pelo menos tentando ser simpática com
eles; e nessa viagem Lizzy estava disposta a fazer novos amigos, conhecer
tantas pessoas novas quanto possível. O grupo de mauricinhos espalhados ao
redor da piscina nem tentou falar com os amigos de Meryton, só o lourinho pelo
menos sorria para eles.
‘Sou Lizzy, aquela ali tirando os tênis é Dennie, e esse
bundão é Charlo. Somos Americanos. ’
‘Na verdade sou Inglês, mas Americano de coração. ’ Charlo
disse num sorriso.
‘Ai, que bom! Nós somos Americanos também! De onde vocês
são?’ Jane ficou encantada em descobrir que eles realmente eram mais próximos
dela do que os outros estrangeiros nesse paraíso exótico.
‘Meryton, Massachusetts. Já ouviu falar?’ Lizzy perguntou
sorrindo.
‘Desculpe, não. Conheço Boston. E Nova York. ’ Jane disse
se desculpando.
‘Isso aí, Costa Leste!’ Lizzy tenotu ser simpática fazendo esforço para não franzir as sobrancelhas bem feitas.
‘Eu sou Jane, esse homem lindo aqui é meu namorado Charles.
’ Ela falou olhando para Bingley e acariciando seu rosto.
‘Fala, Celtics!’ Bingley disse no sorriso contagiante que era
sua marca registrada se referindo ao time de
basquete.
Dennie que entrava na piscina e sentava do outro lado de
Charlo franziu as sobrancelhas indignada. ‘Red sox, faz favor!’ Para ela,
Bingley citar basquete e não baseball era como um xingamento.
Lizzy se acomodou na pedra mesmo e tirou seus tênis e
meias rindo com Jane e Charlo.
Jane continuou. ‘O moreno alto lá no
fundo é Will; o fantasma pálido ao lado dele é seu irmão Ricky...’
‘Mariners aqui!’ Ricky gritou virando a cabeça para mostrar
o emblema em seu boné e Darcy balançou a cabeça sem sorrir nem tirar os óculos
escuros. Estava indeciso entre chegar perto e se desculpar ou se
acovardar e ficar onde estava na esperança de que morena linda não o
reconhecesse. Ele a reconheceu instantaneamente.
‘A gente se divertiu setembro passado, né?’ Dennie sorriu
de soslaio implicando com Ricky sobre a partida que seu time ganhou do deles.
Com isso, Darcy decidiu ficar onde estava mesmo, ele é que
não ia pedir desculpas para ninguém que debochava do seu amado Mariners.
‘Não cante vantagem, Sawx!
Tem sempre volta!’ Ricky advertiu debochando do sotaque dela e Dennie riu.
‘Então…’ Jane disse balançando a cabeça para a besteira sobre
baseball. ‘... Os gordinhos aqui são Thorn de camiseta na água... ’ Ela
balançou a cabeça de novo para a vergonha de Thorn em mostrar suas banhas em
público, ‘e Chris. Lá daquele lado, o magricela tentando pescar como um urso é Julius.
’
‘Olá, meninas!’ Chris as cumprimentou educadamente. ‘E amigo.’ Ele disse tocando seu boné como um cavalheiro tocava sua cartola no passado.
Julius acenou do canto direito da piscina onde os
peixinhos nadavam. ‘Pessoal, vocês têm que vir aqui! A gente pode ver os
peixes, mesmo sem óculos!’
Apesar de todos se mostrarem muito educados, o único que
chegou perto foi Thorn que logo engrenou num papo com Charlo deixando Dennie e
Lizzy para conversar com Jane. Elas descobriram que tinham amigos em
comum online e que tinham souberam sobre Trindade da mesma maneira.
Bingley estava contente em permanecer giboiando de olhos
fechados; acariciando as costas de Jane enquanto ela estava feliz fazendo
amizade com as meninas da Costa Leste. Assim as férias estavam ótimas para ele;
num paraíso com sua adorada Jane.
Darcy estava hipnotizado com Lizzy, não conseguia tirar
os olhos dela. A maneira como ela balançava as pernas atraentes para molhar os
pés na água, como brincava com a longa trança de cabelo escuro, o
sutiã de biquíni colorido e o short que ela não tirava. Só os óculos escuros
redondos tipo Lennon o aborreciam, ele queria estudar a bela expressão de seus olhos negros da mesma maneira que estudava sua
boca enquanto ela falava ou ria. E ela ria à beça.
‘Distraído, general?’ Ricky perguntou usando o apelido de infância, quando Darcy era um menino sisudo lhe dando
ordens.
‘É… Lembra que eu te contei do meu fora e que uma princesa
tinha me ouvido?’
‘Xinxeiros!’ Ricky falou rindo e agitando água em volta
dele.
‘É ela. E fala baixo.’ Darcy cochichou entre os dentes,
ocupado em observar Lizzy se inclinar para frente para sussurrar alguma coisa
no ouvido do Charlo, que explodiu em uma risada.
‘A loira alta ou a morena gostosa?’ Ricky perguntou,
balançando as sobrancelhas.
‘A deusa de
biquíni listrado. ’
A entonação tanto quanto a expressão que Will usou
fizeram Ricky virar a cabeça para olhar diretamente para ele. ‘Deusa?’ Ricky
perguntou levantando as sobrancelhas. ‘Talvez você devesse oferecer um sacrifício
para ganhar o perdão dela!’ Ele fez graça.
Darcy considerou a idéia.
Logo em seguida o barqueiro chegou para levar os caras de
Seattle de volta e ele não gostou de deixar as belas curvas emolduradas no
biquininho de dar água na boca para trás. Para seu aborrecimento ela só tirou o
shortinho preto quando eles já estavam entrando no barquinho, então a única
coisa que Darcy conseguiu ver foi um vislumbre dos lacinhos que seguravam a
calcinha aos quadris dela.
Mais tarde naquele dia, os amigos de Meryton se juntaram
aos novos amigos que fizeram no camping para um fim de tarde e noite em Paraty.
O casal de Indianos tinha ouvido falar de um restaurante típico da sua terra no
Centro Histórico e convidaram Lizzy, Dennie e Charlo para experimentar.
Foi um programa maravilhoso. As ruas e prédios coloniais,
o passeio de charrete, as pessoas bronzeadas, boa música nas ruas, bons drinks:
tudo ótimo. E foram apresentados à
caipifruta vendida em barraquinhas na rua. Primeiro Dennie provou de kiwi,
Charlo de abacaxi e Lizzy de morango; na segunda rodada eles provaram uva
verde, goiaba e maracujá enquanto os Indianos não saíram do limão. Todos ficaram
tentados à uma terceira rodada, mas desistiram já que a vodca doce subia rápido.
Os caras de Seattle acomodaram-se no mesmo bar da noite
anterior, preguiçosamente aproveitando a brisa morna vinda do mar. Mas, vendo
Darcy amuado, Jane decidiu intrometer-se.
‘Você está ainda mais calado do que de costume, amigo.’ Disse na sua maneira amável.
‘Estou, amiga?’
Darcy sorriu achando graça na sua doce e leal amiga de tantos anos.
‘Tá, sim… Será que é por causa da minha nova amiga de infância, Lizzy a Yallie?’ Ela perguntou num sorriso de
lado.
‘Yale, é mesmo?’ Darcy levantou as sobrancelhas surpreso
(e satisfeito) em saber que sua deusa
era de uma universidade tão boa. ‘Vocês conversaram à beça, pareciam mesmo se
conhecer. ’
‘Ela é muito simpática; você deveria tentar falar com ela
ao invés de ficar só encarando. ’
Jane implicou tomando um golinho da sua cerveja.
‘Tão óbvio assim? Você acha que ela percebeu?’
Darcy inquietou-se na sua cadeira, de repente preocupado.
‘Uma garota percebe quando um cara fica interessado,
especialmente um cara alto e bonitão com você. E... Ela estava curiosa sobre você...
’ Jane sorriu.
‘Nem tenta ser malandra,
Jayjay. Você não sabe fazer isso.’
Jane deu uma risadinha. ‘Ela me perguntou se você estava
puto de estar aqui porque você está sempre de mau humor, franzindo a testa. ’
Jane deu de ombros. ‘Eu só não sei de onde ela tirou que você estava de mau humor.
’
Darcy franziu a testa realmente contrariado. Ele tinha
achado que ela não o tinha reconhecido, mas parecia que sim - muito bem.
‘De qualquer maneira, eles não estão aqui hoje. ’ Jane
continuou. ‘Lizzy, Dennie e Charlo. Eles foram jantar no Centro Histórico de Paraty.
’
Darcy bufou infeliz com sua má sorte, mas Thorn estava ligado na conversa deles. ‘Vamos também, então! Genial!’ Falou como se
fosse uma idéia óbvia e bateu palmas alegremente chamando a atenção dos
outros.
‘Vamos também para onde, Fatman?’ Darcy perguntou irritado com a intromissão, usando o antigo
apelido para aborrecer Thorn.
‘Paraty! Vamos encontrar eles lá. Eles são nossos
amiguinhos agora, então...’ Ele falou maliciosamente.
Thornton mal podia esconder sua excitação em encontrar Charlo
novamente e Darcy achou bastante conveniente já que não estava bem certo como
se sentia sobre Lizzy. Talvez estivesse interessado nela somente porque
tinha sido grosseiro e ela tinha ouvido; ou talvez porque ela fosse uma gostosa.
Então, pegando carona na excitação de outra pessoa, ele incentivou o grupo a
passar a noite em Paraty. Pertinho, menos de vinte quilômetros, eles poderiam
chegar lá em meia hora – tempo de sobra para aproveitar a noite no Centro
Histórico.
Darcy e Julius assumiram os volantes já que estavam
sóbrios, e o grupo de Seattle chegou a Paraty no início da noite.
Mesmo tendo visto o mesmo show na Praça da Matriz, eles
não se encontraram com os amigos de Meryton. A Praça estava lotada, assim como
as ruas em volta. Como não havia mesas nos bares próximos, eles tiveram que
achar um recanto na porta de uma loja de artesanato e beber de pé. Os caras de
Seattle raramente bebiam alguma coisa além de cerveja, talvez se ousassem teriam visto o pessoal de Meryton nas barraquinhas de caipifruta.
Só no dia seguinte, na visita às cachoeiras, foi que
Darcy encontrou Lizzy de novo.
O passeio de jipe pelas trilhas durava seis horas e
passava por quatro cachoeiras e uma destilaria de cachaça, mas o cheiro da mata
fechada e as curvas das trilhas não estava fazendo nada bem aos estômagos e
ressacas dos amigos de Meryton. As cabeças doíam, os estômagos davam piruetas e
a estradinha continuava a chacoalhar o jipe.
Quando finalmente chegaram à primeira parada, a
linda cachoeira Poço das Andorinhas com sua água gelada e o constante
barulhinho de água caindo, Lizzy estava praticamente passando mal. Tão enjoada e suarenta que mal percebeu
outros dois jipes no mesmo local. A mão que a ajudou a passar pelas pedras para
chegar à água só lhe chamou a atenção porque não soltou a sua imediatamente
após ela pisar em segurança no mato.
‘Está se sentindo bem? Parece meio tonta.’ Uma voz
grave perguntou perto do seu ouvido.
‘Mais ou menos… minha cabeça está meio que girando.’ Só
aí que ela olhou para cima e viu o Babaca
bem pertinho dela. “Will, o nome dele é Will. E ele é lindo, que voz sexy.” Lizzy pensou consigo mesma. ‘Bebi demais ontem à noite.’ Ela disse fazendo careta e
engoliu em seco.
Darcy riu. ‘Consegue andar sozinha?’
‘Sim, obrigada. Will, né?’
Ele concordou com a cabeça. ‘Lizzy’. Ele disse, ela concordou
com a cabeça. E se arrependeu do movimento.
Lizzy precisou gastar uns minutos acalmando seu estômago o
suficiente para tirar a legging, a camiseta, tênis e meias; e finalmente entrou
na água. A força da cachoeira aos poucos limpou sua ressaca e ajudou a
organizar seus pensamentos. O raio de sol filtrado pelas árvores batendo direto
na piscina de água fria justo onde ela escolheu para sentar e bater papo com
Jane também ajudou muito, e ali elas ficaram observando os turistas dos três
jipes alegremente se esbaldando na água.
Na segunda parada, quase uma hora depois, Lizzy estava se
sentindo ela mesma de novo. Somente a partir dessa hora ela conseguiu observar
Darcy.
Ele a ajudou de novo, duas vezes na verdade: primeiro
quando ela descia do jipe e depois com seu equilíbrio. Para chegar à traiçoeira
cachoeira do Tarzan eles tinham que atravessar uma ponte de cordas sobre o rio,
então Darcy aproveitou para ficar o tempo todo ao lado dela e ela adorou a
atenção. Riram de nervoso quando a ponte balançou e eles quase caíram, e
mais ainda quando Lizzy cantarolou o tema de Indiana Jones enquanto eles
continuavam com mais cuidado.
‘Você está de bom humor hoje, Will. ’ Flertou enquanto tiravam a roupa perto da água. Lizzy estava começando a se
preocupar com a segurança dos lacinhos do seu biquíni, essa cachoeira parecia
ainda mais forte que a primeira.
‘Eu estou sempre de bom humor…’ Ele respondeu a atacando com todo o devastador poder de seu sorriso cativante.
‘Não parece. Ah, vai ver falta a nuvem de maresia…
’ Ela levantaou uma sobrancelha e satisfeita em viu que ele corou de
vergonha.
‘Lizzy, olha só… Eu quero me desculpar por aquela asneira.
Eu sei que me ouviu, não queria ser grosseiro. Estava cansado da
viagem e quando chegamos, fiquei surpreso com as coisas e-’
‘Tá bem. Já chega. ’ Lizzy levantou a mão para
tocar o braço dele secretamente admirando seus músculos. ‘Eu já tinha
desculpado com a sua primeira frase!’ Ela riu e retirou sua mão. ‘Foi engraçado
ver sua surpresa. ’
Darcy corou de novo, mas foi salvo da conversa embaraçosa
por um grito vindo da ponte de corda.
Depois da visita à destilaria, eles pararam para almoçar e
visitaram a terceira e quarta cachoeiras. Na cachoeira do Tobogã, as pessoas se
alternavam escorregando nas pedras e Darcy conseguiu arrumar um jeito de ficar
perto de Lizzy mais que uma vez. Fez questão de ajudar tanto quando ela
chegava à água depois da descida, quanto quando ela estava tentando começar a
escorregar.
‘Vou ter que parar de te agradecer, Will! Ou então vou
fazer isso o dia todo!’ Ela falou rindo.
‘De qualquer maneira, não vou parar. ’ Ele
respondeu através de outro sorriso devastador que fez o estômago dela dar
pinotes de novo.
Lizzy mordeu os lábios tentando pesar prós e contras rapidamente, mas acabou
decidindo em num ímpeto. ‘Hoje à noite vai ter uma rave na praia. Vocês ouviram
dizer? Vão?'
Darcy achou que ela estava linda assim, mordendo os
lábios que para ele pareciam tão suculentos. ‘Eu vou, se você for. ’
‘Você vai, então!’ Ela disse meio sem jeito; ele era tão
lindo e estava flertando com ela... Caramba, se não fosse a água gelada ela
poderia ter desmaiado! ‘Te vejo lá mais tarde então. ’ Ela sorriu, ele respondeu.