& Moira Bianchi

quarta-feira, 17 de julho de 2024

Dimensões mais claras - um conto extra do romance 45 dias na Europa com Sr. Darcy


Alô!...

45 dias na Europa com Sr. Darcy foi meu primeiro romance em Português, na verdade a tradução do romance escrito em Inglês.  '45 days in Europe with Mr. Darcy'


Mesmo anos depois, ele continua trazendo sorrisos ao meu rosto, foi uma delícia compor essa versão certinha de Orgulho & Preconceito com todas as características e standards, cada subplot, cada curva no caminho de Lizzy e Darcy.


Esse meu 'Dizzy' foi apresentado aos Super Fãs de Jane Austen em um conto para o Festival de Inverno do site/grupo/sisterhood Jane Austen Fanfics - Dimensões mais claras - que acontece logo depois que eles se conhecem. O bacana deste conto é que une Austen com Simply Red (adoro) - é uma songfic de 'Stars'.


Além desse, existem outros contos que enriquecem 45 dias na Europa com Sr. Darcy como Royal Baby... Todos estão listados na ordem no ebook revisado e na versão de livro físico disponível para compra aqui.


Então... S'imbora?


DIMENSÕES MAIS CLARAS


Realmente não é possível controlar as rédeas do destino.

Uma pessoa presunçosa e marcada pela crueldade deeventos inesperados pode até tentar, mas com certeza vai se frustrar com os resultados. Tem sido assim desde Eva, a maçã e o mau humor de Adão quandoele teve que procurar outro lugar para viverem após a ordem de despejo. O tiranossauro Rex tentou mostrar ao destino que ele era o rei do mundo jurássico gritando de peito aberto do alto de uma montanha durante a tempestade de poeira quando o meteoro caiu, e não deu certo.

As pessoas mais experientes vão atestar que é uma verdade universalmente conhecida, tanto quanto temida, que o destino sabe brincar com as nossas vidas. E não o contrário.

O Fitzwilliam Darcy de alguns meses atrás diria que o destino não tinha nenhuma influência em sua vida. Desde que alcançou a maioridade ele tomou as rédeas da sua vida, livrando-se da jurisdição de seus tios e assumindo controle de sua herança, uma das cinquenta maiores da Inglaterra. Uma vez independente financeira e judicialmente, William Darcy, como ele preferia ser conhecido, declarou independência das dores de um órfão milionário.

Ele sempre lutou contrao rótulo de “pobre menino rico”. Seus pais haviam falecido consecutivamente, porém não conjuntamente, deixando filhosórfãos ainda na terceira infância. Primeiro seu pai descobriu que sua dificuldade em respirar era algo muito pior doque o hábito de fumar charutos, e a doença o levou à morte em menos de um ano. Sem saber como lidar com a dor, o coração de sua mãe enfraqueceu tanto que acabou por parar de bater logo depois. Duas crianças inesperadamente deixadas nas mãos dos irmãos de sua mãe, que os criaram com todo carinho sem fazer distinção entre seus próprios filhos, mas que infelizmente não eram seus pais.

 Quando Darcy completou amaioridade ele estava terminando a faculdade. Os poucos anos restantes e os seguintes de MBA calcificaram nele a certeza de que sua vida lhe pertencia e a ninguém mais.

Rico, bonito, educado. Já que seus pais saíram de cena sem cerimônia no meio do primeiro ato, ele poderia decidir como conduziria o restante da obra prima. Assim, Darcy decidiu que a segunda metade dos seus vinte anos seria vividasem limitações, e para tanto, todas as responsabilidades ligadas à gerência de sua fortuna continuariam a ser de seu tio Earl Fitzwilliam e de sua tia Catherine F. de Bourgh.

Gentil nas ações, porém nem sempre nas palavras, caladão, arrogante. Darcy sabia que seu jeito incomodava algumas pessoas. Considerando que ele se sentia bem consigo mesmo e Gegê estava de bem com avida, pouca coisa mais tinha importância suficiente para fazê-lo rever suas crenças.

Poliglota, prático, sagaz. Desde que decidiu curtir seus vinte e poucos anos, Darcy tinha visitado todas as capitais da Europa e boa parte de suas belezas escondidas, o que a Ásia e a Oceania tinham para lhe oferecer de bom e a América do Norte. Viajar era seu hobby, que era interrompido somente quando ele era requisitado para compromissos familiares inadiáveis: Gegê, sempre que os irmãos combinavam de passar tempo juntos, festas de aniversários e eventos que necessitavam de sua presença VIP para fins marqueteiros.

Uma das empresas da família era uma rede mundial de hotéis de luxo que algumas vezes por ano sediava eventos de gala para angariar fundos para obras de caridade. Nessas ocasiões, para levantar a atenção da mídia, os herdeiros solteiros eram convocados para abrilhantar a festa, imitando a nova geração das famílias reais Europeias. William e Gegê Darcy, Anne de Bourgh eGray Fitzwilliam eram os príncipes do reino De BourghHotels e planavam majestosamente em roupas de grife e joias exuberantes durante tais eventos.

Foi por causa doBaile de Gala do De Bourgh Amsterdam que Darcy deixou Gegê curtindo sua depressão em Pemberley, sua fazenda no norte da Inglaterra, e foi com seus amigos mais chegados para a Holanda. Foi assim que Darcy conheceu Lizzy Bennett.

Morena, graciosa, atrevida. Filha de pai Inglês, ela era um furacão que tomava conta de qualquer ambiente apesar da sua estatura mediana. A pele bronzeada pelo sol de Ipanema, o inglês fluente apesar do sotaque carioca carregado e as maneiras espontâneas compunham um cartão de visitas excelente que fazia Lizzy cativante.

Petulante, intrigante, instigante. Quando Darcy foi apresentado à nova paixão de seu amigo de escola,Charles Bingley, que o acompanhava na Holanda, achou incomum uma família tão grande. Jane Bennett tinha quatro irmãs. Dentre elas, a única que Darcy “viu” foi Elizabeth.

Audaciosa, impulsiva,questionadora.Qualquer um que já a tenha abraçadopoderia dizer como ele estava se sentindonas poucas ocasiões que Amsterdam lhe proporcionou de tê-la em seus braços. Após alguns poucos dias juntos, Darcy não poderia negar que ela tinha mexido com ele. A moça tinha cabelinho nas ventas!

Amsterdam foi até generosa com Darcy lhe apresentando Lizzy no momento em que achar uma ficante não estava em seus planos. Para ser sincero,Amsterdam tinha sido bastante generosa com ele. Também cruelmente gaiata. Primeiro o destino criou a demanda e depois lhe informou o custo altíssimo.

Quando Lizzy o atropelou no labirinto vivo no parque das flores, o abraço foi inesperado e momentâneo. Depois, quando ele finalmente a achou no fim da noite resolvendo o mistério do seu desaparecimento, Darcy não a abraçou porque ele tinha um autocontrole invejável. Tal qualidade foi especialmente posta à prova na noite em que Lizzy o beijou e fugiu logo depois. Pelo menos foi esta a maneira que ele leu a situação.

Ela tinha uma maneira deliciosa de flertar com ele, fazendo insinuações por muitas vezes inocentes, por vezes maliciosas,o instigando com espetadas que vinham acompanhadas de um irresistível desafio no seu olhar. E como Lizzy sabia se comunicar com os olhos...

Ela era mais nova que ele, na verdade ela tinha a idade de Gegê.Mas o problema não era esse.

Qualquer um que já a tenha desejado tentaria lhe dizer o que ele sentia por dentro. Era uma bagunça em seu ordenado universo, uma presença explosiva e inesperada. Como ele poderia resistiràvontade de convidá-la para dançar no baile de gala? Ela estava linda de salto e vestido de noite, bem diferente do jeito moleca estilosa que ele tinha visto até então. E ele, que já a tinha achado muito interessante antes, ficou hipnotizado quando viu suas belas pernas bronzeadas dentro de meias de seda.

A única coisa que Darcy sempre quis era a impressão de que ela não estivesse fingindo, mas depois que a ouviu conversar tão animadamente com ninguém menos que George Wickham, a memória das lágrimas e do silêncio de Gegê tomaram conta dele.

Darcy nunca gostou das aventuras cariocas de Gegê, tinha detestado a ideia desde que soube. Mas ele tinha liberdade para viver sua vida como queria,e isso significava que não tinha controle sobre as vidas das pessoas queridas e próximas a ele. Responsabilidade era algo que Darcy definitivamente não queria assumir.

Gegê e Lizzy... A mesma idade, morando na mesma cidade, no mesmo bairro, se relacionando com as mesmas pessoas... Certamente Lizzy também estava envolvida pelo mesmo canalha, o tom da conversa deles dizia isso a um bom entendedor.

O único que Darcy nunca poderia pensar... Wickham!

Espere um minuto, como ele não pôde ver? Era o destino lhe mostrando que ele não controlava nada que não lhe fosse dada a chance de controlar.

Darcy poderia decidir o destino de sua próxima viagem, se embarcaria em voo particular ou público, se seria noverão ounoinverno.Mas não decidiria quando conheceria uma mulher que mexeria tanto com ele, quando ia querer cair das estrelas diretamenteem seus braços. Da maneira que Darcy via, era como se eles tivessem uma conexão direta esperando para ser estabelecida, mas que sofria a interferência maléfica daquele desgraçado interesseiro de bosta.

Darcy podiasenti-la... Mas mesmo assim fugiu.

Foi embora de Amsterdam sem trocar contatos ou promessas.

Ele esperava que Lizzy o compreendesse. Apesar do fato de que nenhuma explicação tenha sido oferecida ou requisitada.

---

Meses passaram e Darcy teve a distinta noção de que sua vida voltara aos trilhos. Seu universo estava novamente em ordem e ele retomou seus planos de viajar pelo mundo. Gegê finalmente parecia estar dando a volta por cima, Bingley havia desistido da tolice de também passar algum tempo no Rio de Janeiro e agora estava no Canadá com a irmã, seus tios não o amolavam com os negócios e, como bônus,Gray tinha arranjado tempo para acompanhar Darcy pelo mundo.

Depois de muita discussão, os primos concordaram em seguir os planos de Anne e fazer o caminho de Santiago de Compostela. Não que algum dos três fosse particularmente religioso, mas o passeio era afamado. Não que algum dos três - especialmente Darcy–tivesse consideradoprecisar refletir sobre os rumos que sua vida tomava, mas a rota tinha uma mística inegável. Não que algum dos três tenha dadoimportância ao misticismo, mas o livro que romanciava a jornada era um best-seller.Um best-seller escrito por um brasileiro.

E de novo Elizabeth Bennett invadia a vida de William Darcy.Num intrincado vai e vem do destino que caprichosamente jogou o taciturno milionário para cá e para lá entre as fronteiras da França, Espanha e Itália, num zig-zag de luxo, Darcy acabou descobrindo que novamente estava na mesma cidade que Lizzy.

Não havia nele maneira de expressar a surpresa ao ouvir de sua enfadonha tia que “a menina Brasileira”tinha excelentes ideias e queera uma pena ela ainda não trabalhar para eles como a amiga Charlotte Lucas.

Charlotte,amiga, brasileira, menina. Se as bolhas nos seus pés não oincomodassem tanto, Darcy perceberia que o ritmo do seu coração era o responsável pelo seu desconforto.

Depois dos últimos meses empurrando-a para fora de sua mente, vê-la em pessoa e ouvir seu riso espontâneo era fantástico. E o seu olhar desafiador estava ainda mais afiado. Ele escolhia o que falar para que sua observação disparasse nela o desejo de apertar os olhos negros, respirar fundo e provoca-lonuma réplica que mereceria uma tréplica, e o flerte era absolutamente irresistível.

Gray era o primo mais próximo que Darcy tinha, e talvez seu amigo mais leal. Bingley tinha mais tempo disponível, já que sua fortuna lhe propiciava imitar o amigo na exploração do planeta pulando de um hotel de luxo para o próximo. Gray trabalhava duro fazendo a vida fora do império da família e só tinha tempo para acompanhar o primo mais novo nas férias.

No momento que Gray testemunhou a troca de farpas entre seu primo e a gostosinha Sul Americana, ele soube que Darcy estava perdido. Quando Darcy comentou sobre a menina que tinha conhecido em Amsterdam, Gray pensou que era meramente uma atração passageira. Como Darcy nem tinha o telefone da mulher, o que mais poderia acontecer entre eles?

Mas vendo os dois juntos, dava para sentir a vibe entre eles, era como se fosse palpável, dava para ver no ar. E Darcy estava de quatro. Ela tinha uma maneira diferente de flertar com seu primo.Parecianão gostar dele,na verdade, mas como Gray nunca tinha namorado ninguém dos trópicos, ele não tinha como saber se era algum costume peculiar. Assim ele deu força ao primo quando este decidiu investir.Mas o destino tinha mais uma surpresa guardada para Darcy.

Para o homem que tinha tentado feri-lo, contando mentiras para Lizzy sobre Gegê, Darcy poderia facilmente explicar o modo como se sentia. Arrasado.

Depois de tê-la em seus braços por uma noite inteira, ele a havia perdido irrevogavelmente. Desiludido.

Darcy suspeitava de que ouviria as palavras de Lizzy reverberando em seus ouvidos para sempre num modo repetição infinito. Destruído.

Por todo o ciúme que ela lhe causou falando do idiota Wickham com carinho enquanto deixava claro para Darcy o quanto ela o desprezava.Humilhado.

‘Eu só te dei uma chance porqueGegê insistiu que você era uma boa pessoa!’ Lizzy havia rugido no auge da ira.

Nem sozinho no quarto escuro, onde ela o havia deixado, ele poderia declarar a razão pela qual tentou esconder a verdade sobre o detestável Wickham. Por um segundo,Darcy cogitou expor toda a nojeira que seu amiguinho tão querido era capaz de causar na vida dos outros, mas não conseguiu. Apesar da maneira e do que Lizzy lhe disse Darcy não queria brigar com ela. Não com ela. Não sobre isso.

E todas as coisas que ela o havia ensinado no instante em que Darcy entendeu a real intenção dela nas insinuações, que ele acreditava serem flertes, haviam enviadoseu futuro para dimensões mais claras. De repente as cores ficaram mais nítidas, tudo entrou em foco. Lizzy não era intrigante, ela era direta.

Agora ele se via(ou sabia ou simplesmente via – depende do que você quis dizer) como ela o via: um playboy abominável e aborrecível.Ela repudiava a maneira descuidada que ele levava a vida e Darcy não havia sido capaz de perceber seu desprezo.

Tudo ficou tão claro que incomodava os olhos.Uma dimensão tão bem determinada com vetores palpáveis, onde ela era oposta a ele. Considerava-sequase uma adversária.

Ela nunca saberia o quanto o havia ferido simplesmente porque ele nunca contaria. Nem a ela nem a ninguém. Ela e Gegê se falavam com alguma frequência e mesmo assim ele não soube de nada, não percebeu nada, não entendeu nada.

‘Fique um minuto, não pode ver?’ Ele tomou fôlego para falar antes que se despedissem para sempre. ‘Que eu... Eu quero cair das estrelas diretamente em teus braços?Eu... Eu sinto você e esperava que você tivesse me compreendido. ’Mas faltou coragem.

---

Muitos corações estavam partidos no momento.Um em Londres, sentado em frente ao computador olhando o formulário de e-mail em branco enquanto a cabeça não conseguia achar palavras para explicar o que o seu dono sentia, como deveria se desculpar, como deveria explicar o que realmente aconteceu e como pediria uma segunda chance.

Outro no Rio de Janeiro, levando a vida da mesma forma que fazia antes daquele encontro na Europa. Sua dona seguia sua rotina de faculdade e trabalho, mas agora parecia faltar alguma coisa quenunca havia estado presente. O pior era a distinta e indesejada sensação de lacuna em branco.

A dor no arrependimento era muito cruel, tanto do lado direito quanto do esquerdo do Atlântico. As infindáveis possibilidades do que poderia ter acontecido e como deveria ter acontecido davam piruetas nas cabeças de Lizzy e Darcy incessantemente, por mais que eles quisessem passar por cima de tudo.

Uma promessa de amor nunca vem com um talvez.Tantas palavras foram deixadas por dizer e tantas outras ditas para ferir.

Se ela não tivesse sido tão explosiva... Mas ele foi absolutamente cretino! Se ele tivesse sacado que ela era a amiga que Gegê falava tanto... Mas ela sabia e não falou nada. Se os dois não estivessem tão bêbados... Mas estavam e se deixaram agir por instinto.

As vozes silenciosas estavam deixando-olouco. Darcy não iria conseguir dar a volta por cima se não tentasse o perdão. Ele tinha que se explicar e fazê-la ver o que ele via.

“Depois de toda a dor que me causou, fazer as pazes pode nunca ser sua intenção.

Você nunca saberá o quanto me feriu.”

Ele digitou. Parou por um instante,olhando para a tela do seu computador sem ver nada e depois leu, iluminou tudo e apertou delete.

Por que ela não conseguia ver que ele cairia das estrelas diretamente emseus braços?Ele a sentia tão perto e ao mesmo tempo tão longe...Esperava, não,queria que ela compreendesse.

Do outro lado do mundo ela estava pronta para cair das estrelas diretamente nos braços dele. Ela o sentia muito mais perto do que gostaria.Mas não compreendia.

 

.FIM.


Que tal?

Leia o livro!

Ame Jane Austen! 💕

Seja SUPER FÃ

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Inacreditável: Jane Austen entrou no filme da Barbie

 Olá,

como o PODCAST SINCERICÍDIO LITERÁRIO fala de livros, filmes, royals e fofocas, claro que a sensação do cinema deste ano estaria lá. E qual não foi minha surpresa quando eu vi Orgulho e Preconceito inserido na narrativa não contada?

Quer saber qual é a verdade sobre esse easter egg?


É puro GASLIGHTING

Ao contrário do marketing do filme cujos personagens são brinquedos para meninas de 3 a 12 anos, eu não te escondo o raciocínio deste artigo. Nem que pedi ajuda a várias ferramentas de Inteligência Artificial e nenhuma conseguiu explicar o que eu queria te mostrar. Toda vez que elas ajudaram, vou te avisar.

 Tudo bem se você curtiu o filme, talvez até tenha achado graça do momento em que a boneca derrotada desiste de qualquer luta gera um novo produto: Barbie depressão.



Mas você não pode negar que o marketing extremamente agressivo desse filme nunca, em momento nenhum, assumiu seu viés militante. Ao contrário, o CEO da Mattel correu para desmentir quando os atores e a diretora deixaram escapar que o filme era feminista, o que seria o esperado já que a boneca é uma moça sozinha que tem casa, carro, profissão, etc, etc.

Olha o que a apresentadora de um programa de TV muito militante no USA fala do filme. Quero te mostrar porque é possível que você esteja pensando isso também, e vou te falar o que está por trás disso mais abaixo.

"É um filme sobre uma boneca! Eu pensei que vocês ficariam felizes por ela não ter genitália, então não há sexo envolvido. Ken não tem genitália. (...) As crianças sabem que é colorido e é a Barbie, que eles não viveram o que os adultos viveram e não pensam em sexo quando estão vendo este filme, não é assim que eles são vendo para em Ken. As crianças estão vendo um filme da Barbie! "

PROPAGANDA ENGANOSA

E até achei curioso ver essa entrevista da diretora e da atriz em que ambas são extremamente mal articuladas, falam com linguagem adolescente usando 'tipo' (like em inglês) 96 vezes em 20 minutos de entrevista (Sim, eu contei.). Sei que são mulheres muito inteligentes e de sucesso em suas carreiras, como a Barbie. Então por que falam tão mal nessa entrevista??

Porque estão escolhendo palavras

entrevista 'GG e MR discutem o surpreendente feminisno de Barbie' de 12.07.2023

Esse filme da livremente baseado na boneca Barbie faz uma abordagem aparentemente alegre e é nesta capa de leveza e sátira enquanto recheia o maravilhosamente lindo mundo cor de rosa da boneca que eu amo desde que a vi pela primeira vez.

O que é esse recheio: mensagens subliminares

IA diz: O uso de mensagens subliminares em imagens ou conteúdos tem o objetivo de influenciar o público de maneira sutil, sem que essas mensagens sejam percebidas conscientemente. Essas mensagens são incorporadas de forma dissimulada, muitas vezes abaixo do limiar de percepção consciente, mas teoricamente captadas pelo subconsciente. 

Acha que eu pirei, né?


Neste cena da batalha de dança dos Kens, sua atenção ficou presa na beleza masculina dos atores e na memória afetiva de Michael Jackson e Grease (até a meia aparecendo!) ou você reparou o simbolismo e erotismo para a anatomia feminina que piscou na tela?

Eu só reparei porque isso é logo depois do clipe de Orgulho e Preconceito e eu já estava louca da vida com a ligação de 

JANE AUSTEN COM DEPRESSÃO FEMININA

Segundo IA, o intuito por trás do uso de mensagens subliminares pode variar, e existem diferentes teorias e práticas relacionadas a esse assunto. 

  • Influenciar Comportamentos; 
  • Reforçar Mensagens;
  • Estimular Consumo;
  • Criar Impacto Emocional.

A eficácia e a ética do uso de mensagens subliminares são assuntos controversos, é até considerados ilegais em certos contextos, especialmente em publicidade. O ideal em um mundo ideal seria que seu uso em estratégias de comunicação fosse transparente respeitando a privacidade e a liberdade do público-alvo.



Você pode não saber, mas essa piada é bem velha. Jane Austen é ligada a mulher velha ou infeliz ou mal casada ou solteirona ou cheia de gatos ou feia ou sem amigos, etc, etc.


Eu odeio essa piada

Entrei em Austen Nation em um momento da minha vida que precisava de muito apoio emocional, e achei amigos em Darcy & Lizzy. Tenho ciúme e quero protegê-los de gente que não os entende, por isso comecei um Instagram dedicado a apresentá-los a quem está começando em Austen Nation. 

Neste Easter Egg da Barbie Depressão, a obra de Jane Austen apareceu como ironia e sátira supostamente representando essa fonte de endorfina

Talvez se você, como eu, já conhece O&P, você até se identificou!... Pensou em todos os momentos que visitou Meryton para achar segurança e felicidade. 

Mas e quem não conhece a obra?

Esta é a associação que essa pessoa fará:


Percebe a covardia com quem ainda não ama Jane Austen?

Assim como ela picotou e remontou Little Women (Mulherzinhas, filme de 2019), essa diretora/roteirista fez um quebra-cabeças esquisito para passar mensagens que para ela, são super importantes para mulheres jovens - já que ele é direcionado ao público feminino até 39 anos.

"... saí deste filme sentindo nada, isso atrapalhou o desenvolvimento dos personagens. Não me comoveu em nada. A estrutura do filme tira totalmente o peso emocional da história e isso é um verdadeiro crime em uma obra como Little Women."

Veja essa crítica aqui. Recomendo.

Não precisa me dizer que o filme não é para crianças porque eu vi o marketing usando a boneca, a logo da boneca, o rosa, os vestidinhos, a caixa da boneca para você entrar, etc, etc. E ele foi lançado nas férias escolares. E tem bonecas especiais do filme. E já falei que esconderam o viés de feminismo.

"...não é que homens e mulheres tenham que se ignorar, é que (no filme Barbie) as mulheres tiveram que manipular os homens para que agissem como mulheres para conseguir vencer."

Veja essa análise aqui.

A ironia maior de todas está em Austen sempre defender e questionar a situação feminina em suas obras. Aqui no blog você acha análises detalhadas de várias obras dela, mas vou te dar uma lista aqui como IA me deu.

O termo "depressão" como entendemos hoje nunca apareceu em suas obras. Porém, existem conexões entre os desafios e as expectativas sociais enfrentadas pelas mulheres e o impacto que essas circunstâncias podem ter sobre seu bem-estar mental

"Razão e Sensibilidade": Marianne Dashwood experimenta uma profunda turbulência emocional depois que seu coração é partido pelo Sr. Willoughby. Sua dor e sensibilidade exemplificam as lutas emocionais que as mulheres podem enfrentar devido ao amor não correspondido.

"Orgulho e Preconceito": Elizabeth Bennet lida com as pressões e expectativas da sociedade, principalmente em relação ao casamento. O peso da situação financeira de sua família e a intromissão incessante de sua mãe podem ser uma fonte de angústia.

"Emma": Harriet Smith enfrenta sentimentos de inadequação e desgosto devido à sua afeição não correspondida pelo Sr. Knightley. Suas lutas destacam os desafios emocionais das mulheres jovens em uma sociedade hierárquica.

"Mansfield Park": Fanny Price experimenta sentimentos de alienação e baixa auto-estima ao viver com seus parentes mais ricos em Mansfield Park. Sua constante dúvida e falta de arbítrio podem ser vistas como reflexos de possíveis temas depressivos.

"Northanger Abbey": a imaginação hiperativa de Catherine Morland e a suscetibilidade a fantasias góticas levam à ansiedade e à dúvida, mostrando o impacto dos pensamentos íntimos de alguém no bem-estar mental.

"Persuasão": Anne Elliot enfrenta arrependimento e melancolia depois de rejeitar a proposta do capitão Wentworth anos antes. Sua jornada emocional demonstra os efeitos duradouros de decisões passadas na psique de uma mulher.

"Lady Susan": A personagem titular, Lady Susan Vernon, manipula e explora os outros para atingir seus objetivos, destacando o impacto emocional que tal comportamento pode ter tanto no manipulador quanto no manipulado.

"Sanditon": Miss Lambe, uma jovem mestiça, lida com questões de identidade e pertencimento em uma sociedade predominantemente branca, abordando as lutas emocionais enfrentadas por mulheres marginalizadas.

"Amor e Amizade" (conto da Juvenília): A protagonista, Laura, navega pelas complexidades do amor e dos relacionamentos, que podem ser uma fonte de turbulência emocional para as mulheres daquela época.

"The Watsons" (romance inacabado): A personagem Emma Watson enfrenta o desafio de encontrar um par adequado em uma sociedade onde o casamento costuma ser o objetivo principal das mulheres, refletindo as pressões emocionais que elas vivenciaram.



Enquanto os romances de Jane Austen exploram principalmente temas de amor, casamento e expectativas sociais, eles indiretamente lançam luz sobre as lutas emocionais e os desafios enfrentados pelas mulheres durante o período da Regência. 

É essencial lembrar que a compreensão e a interpretação da saúde mental e do bem-estar emocional evoluíram significativamente desde a época de Austen.

Percebe que enfiando esse Easter Egg na Barbie Depressiva, GG foi extremamente injusta com Austen? Por que ela não foi inserida em outro cenário? Ken vai à biblioteca, pega livros, estuda. Barbie poderia ter achado Austen em sua jornada no mundo real. Os filmes que ele assiste são vistos como obras de referência - mesmo que para fazer graça do personagem, o vilão-vítima que só quer amar.

Ao examinar os comentários do filme, podemos que as pessoas estão se deixando levar pela capa cor de rosa, achando que tudo é inocente e muito divertido no desafio das narrativas tradicionais, mas deixa passar a mensagem subliminar da 

narrativa não contada

Este termo, segundo IA, refere-se a informações ou histórias que não são expressamente comunicadas/compartilhadas, seja em um contexto específico, uma mensagem, ou em um determinado conteúdo. Elas podem ser subentendidas, sugeridas ou implícitas, mas não são abordadas de forma explícita. 

É importante ter em mente que a narrativa não contada pode ser uma estratégia poderosa para envolver o público e permitir que as pessoas construam suas próprias interpretações. Por outro lado, também pode levar a mal-entendidos, interpretações equivocadas ou até mesmo manipulação se não for usada de forma ética e transparente.

Portanto, tanto em comunicação quanto em interações sociais, é fundamental ser consciente e transparente sobre o que está sendo dito explicitamente e o que está sendo subentendido ou não contado. Isso ajuda a garantir uma comunicação clara e uma compreensão mais precisa da mensagem transmitida.

Mas por que, meu Deus, por que inserir Orgulho e Preconceito neste momento específico do filme e da trama do romance?

Se você não percebeu, é Hunsford, meu momento favorito de todos os favoritos de O&P porque é quando... 

Darcy cai do cavalo.

Chega, vou parar por aqui para não contar que também é quando Lizzy faz papel de idiota repetindo mentiras do boy lixo e mostrando quão inocente, ingênua e facilmente manipulada ela é - mesmo que se acha super sagaz.

Chega, né, você já entendeu.

até mais, M.

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obs.: pesquisei muito aqui, aqui, aqui, aqui e no Youtube e usando ferramentas de IA ChatGPT, Junia, Writesonic, Midjourney. Mas foram tantas perguntas em tantos momentos que já não sei quem me respondeu o quê. Midjourney é só imagem mesmo.

Segredos dos Contos de Fadas que você precisa saber

 olá,

este é o terceiro e último post sobre os Contos de Fadas. Pelo menos por enquanto! Neste vamos um pouco mais fundo nos segredos que você deveria saber sobre a VERDADE contra as versões COMERCIAIS que te empurram.



Vamos mergulhar nisso!

Contos de fadas são histórias ricas que vêm sendo passadas de geração para geração há seculos, e por isso, sofrem modificações e e adaptações ao longo to tempo.

Veja alguns pontos onde as versões originais diferem das versões conhecidas incluindo pontos sombrios e como eles foram amenizados para alcançar público mais amplo:


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Cinderella

A versão mais famosa de Cinderella é a de Charles Perrault, entitulada "Cendrillon," publicada 1697. Nesta versão Francesa, Cinderella recebe ajuda de uma fada-madrinha e vai ao baile onde perde o sapato de cristal. Os irmãos Grimm Brothers também incluiram a versão Alemã entitulada "Aschenputtel".

É curioso dizer que o nome Cinderella vem da maldade de unir seu nome 'Ella' com 'cinder' ou cinza já que a garota era criada doméstica que, dentre outras funções, limpava lareiras cheias de cinza.

Ponto Sombrio: na versão original, as meias-irmãs cortam os dedos dos pés para que caibam no sapatinho, o resultado é sanguinário.

Versão Amenizada: nas versões modernas, as meias-irmãs simplesmente experimentam o sapato sem causar autoflagelamento, fazendo o final bem menos lúgrube.


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Chapeuzinho Vermelho

A versão mais antiga de Chapeuzinho Vermelho é a do século 10 que tem muitas variações ao redor da Europa. A história foi editada e popularizada por Charles Perrault como "Le Petit Chaperon Rouge" em 1697. Os irmãos Grimm também incluíram sua própria versão em "Grimm's Fairy Tales."

Ponto Sombrio: nas versões originais, Chapeuzinho Vermelho e sua avó são devoradas pelo lobo, sem final feliz.

Versão Amenizada: nas versões modernas, uma figura heróica sempre salva Chapeuzinho e a avó da barriga do lobo incluindo um tom surreal à história, liberando a menina de arcar com as consequências de seus atos.

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Branca de Neve

A versão mais conhecida de Branca de Neve foi popularizada pelos Irmãos Grimm na sua coleção "Grimm's Fairy Tales," cuja primeira publicação ocorreu em 1812. Porém, histórias similares forma encontradas em várias culturas ao redor do mundo através dos séculos.

Ponto Sombriona versão original dos Grimm, a rainha má é forçada a dançar até a morte no casamento de Branca de Neve usando sapatos de ferro incandescente.

Versão Amenizada: muitas adaptações omitem as punições sombrias para a rainha, optando por soluções menos violentas mesmo que incluam morte.

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Bela Adormecida

A hisória da Bela Adormecida tem várias versões originais com diferentes ângulos nas diversas culturas. Charles Perrault's entitulou sua versão de "La Belle au bois dormant" ao publicar em 1697, já os Irmãos Grimm incluíram variantes e chamaram de "Briar Rose" na sua coleção.

Ponto SombrioIn earlier nas primeiras versões, o rei engravida a moça ainda dormindo e ela só acorda no parto enquanto dá a luz.

Versão Amenizada: adaptações modernas geralmente pulam essa parte controversa focando mais no romance e no beijo que quebra a maldição.

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Bela e a Fera

A mais famosa versão de "Beauty and the Beast" foi escrita pelo novelista Francês Gabrielle-Suzanne Barbot de Villeneuve, publicada em 1740. A história já foi recontada e adaptada inúmeras vezes desde então.

Ponto Sombriona versão original, as irmãs da Bela são ciumentas e fazem de tudo para mantê-la longe da Fera, mas seu destino é cruel.

Versão Amenizada: Algumas adaptações tiram a negatividade das ações das irmãs e lhes dão qualidades que redimem suas personalidades.

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João e Maria

"João e Maria" é um Conto Alemão incluído na coleção dos Irmãos Grimm de 1812. Ele fala de dois irmãos que se perdem na floresta e encontram uma bruxá má em uma casa de biscoito de gengibre.

Ponto Sombrio: o conto original inclui abandono parental, cárcere privado, canibalismo, bruxaria e manipulações para cozinhar e comer Maria.

Versão Amenizada: versões modernas geralmente amenizar o papel dos pais e a maldade da bruxa, fazendo o conto menos lúgrube e sombrio.

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A pequena Sereia

A versão original de "Pequena Sereia" foi escrita por Hans Christian Andersen e primeiro publicada em 1837. Diferente da adaptação da Disney, a versão de Andersen's é acredoce, pois a sereia se sacrifica em favor de seu amado.

Ponto Sombrio: na versão original de Andersen version, a sereia sofre dores excruciantes a cada passo que dá com seus pés humanos.

Versão Amenizada: algumas adaptações omitem ou adoçam esse aspecto negativo de ser humana para focalizando mais no romance do que no sacrificio - que é bem menor.


Cada cultura cria sua própria versão para os Contos de Fadas. Com o tempo, essas histórias são adaptadas e modificadas para atender a diferentes públicos e preferências culturais.


Muitas histórias clássicas sofreram simplificações e infatilização para se tornarem mais palatáveis para crianças e/ou serem adaptadas à normas e valores culturais. Já falei disso nos outros posts dessa série, veja links abaixo. 

E, claro, essas mudanças foram feitas por várias razões, desde sensibilidades até o desejo de criar narrativas mais focadas no públic infantil - mesmo que ainda explorem ângulos cavernosos e assustadores. 

vecteezy


Resumindo...
entender o que está por trás dos Contos de Fadas nos ajuda avalorizar as narrativas & mensagens. Mais importante ainda, faz com que compreendamos o quanto elas nos influenciam.



E aí, o que você acha?
Veja os outros posts sobre esse assunto:

Segredos de Contos de Fadas que você precisa saber.

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M.



Este post foi montado com ajuda de Chat GPT, revisado and enriquecido por Moira B.

quinta-feira, 27 de julho de 2023

Fairy Tales secrets you should know

 hello, welcome to this 3rd post exploring Fairy Tales.

In this one we're going deep into the secrets that you should know about the REAL story and the COMERCIAL version, you've been fed.



Let's dive into it!

Fairy tales have a rich history and have been passed down through generations, often undergoing changes and adaptations over time.

 Here are some insights into the original versions of well-known fairy tales including dark points of original versions and how it was sugared to fit children's audiences:

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Cinderella

The most famous version of Cinderella is the one by Charles Perrault, titled "Cendrillon," published in 1697. In this French version, Cinderella receives help from a fairy godmother and attends a ball where she loses her glass slipper. The Grimm Brothers also collected a German version titled "Aschenputtel."

Dark Point: In the original versions, the stepsisters cut off parts of their feet to fit into the glass slipper, resulting in bloodshed.

Sugared Version: In modern retellings, the stepsisters simply try on the shoe without self-harm, making the ending less gruesome.


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Little Red Riding Hood

The earliest known version of Little Red Riding Hood can be traced back to the 10th century, with various retellings across Europe. The story was collected and popularized by Charles Perrault as "Le Petit Chaperon Rouge" in 1697. The Brothers Grimm also included their own version in "Grimm's Fairy Tales."

Dark Point: In some original versions, Little Red Riding Hood and her grandmother are devoured by the wolf, with no happy ending.

Sugared Version: In modern versions, a heroic figure often saves Little Red Riding Hood and her grandmother from the wolf's belly including an irrealistic tone to the story and breaking the warnings of consequences for one's actions.


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Snow White

The well-known version of Snow White is popularized by the Brothers Grimm in their collection "Grimm's Fairy Tales," first published in 1812. However, similar stories have been found in various cultures around the world for centuries.

Dark Point: In the original Grimm version, the evil queen is forced to dance to death in red-hot iron shoes at Snow White's wedding.

Sugared Version: Many adaptations omit this dark punishment for the queen, opting for a less violent resolution albeit almost always including death.

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Sleeping Beauty

The story of Sleeping Beauty has various origins, with different versions found in different cultures. Charles Perrault's version titled "La Belle au bois dormant" was published in 1697, while the Grimm Brothers included a variant called "Briar Rose" in their collection.

Dark Point: In earlier versions, the king impregnates Sleeping Beauty while she's unconscious, and she wakes up after giving birth.

Sugared Version: Modern adaptations tend to skip this disturbing detail, focusing more on the romance and the curse-breaking kiss.

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Beauty and the Beast

The most famous version of "Beauty and the Beast" was written by French novelist Gabrielle-Suzanne Barbot de Villeneuve and published in 1740. The story has been retold and adapted numerous times since then.

Dark Point: In the original version, Beauty's sisters are jealous and plot to keep her away from the Beast, but their fate is grim.

Sugared Version: Some adaptations tone down the sisters' negative behavior and provide them with more redeeming qualities.

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Hansel and Gretel

"Hansel and Gretel" is a German fairy tale collected by the Brothers Grimm in 1812. It tells the story of two siblings who get lost in the woods and encounter a wicked witch in a gingerbread house.

Dark Point: The original story includes abandonment by their parents, captivity by a cannibalistic witch, and trickery to cook and eat Hansel.

Sugared Version: Modern retellings often soften the parents' role and the wickedness of the witch, making it less gruesome and dark.

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The Little Mermaid

The original version of "The Little Mermaid" was written by Hans Christian Andersen and first published in 1837. Unlike the Disney adaptation, Andersen's version is more bittersweet, with the mermaid sacrificing herself for love.

Dark Point: In the original Andersen version, the mermaid suffers excruciating pain with every step she takes after becoming human.

Sugared Version: Some adaptations omit or downplay this aspect, focusing more on romance and sacrifice.


Fairy tales have multiple versions and variations from different cultures and authors. Over time, these stories have been adapted and modified to suit various audiences and cultural preferences.

Many classic fairy tales have undergone simplification or sugarcoating over time to make them more suitable for children or to align with cultural norms and values. I've analyzed these in another post.

And of course, these changes have been made for various reasons, such as cultural sensibilities and the desire to create more child-friendly narratives. However, some modern retellings also explore the darker aspects of these tales, providing a balance between the whimsical and the more haunting elements.

vecteezy

In essence, by understanding the psychological underpinnings of these stories, we gain a deeper appreciation for their enduring appeal and the profound influence they have on our lives.


So, what do you think?

Check out the other posts on this subject:
Fairy Tales secrets you need to know
Fairy tales for kids or for adults


Leave me your thoughts below!

M.


Contos de fadas são para adultos ou crianças?

Olá!

Continuo estudando CONTOS DE FADAS para nosso podcast Sincericídio literário. Esse assunto me encanta - piadinha e tudo.

Como muitas crianças, eu cresci com os musicais açucarados da Disney. Mas aquelas versões mágicas vem sendo sistematicamente corrompidas e modernizadas. É como procurar 'fairy tale p*rn' no Google.



Então, fui mais fundo tentando entender o que os Contos de Fadas são e como eles chegaram onde estamos hoje.

Contos de Fadas foram feitos para crianças?

Não, muitas das histórias clássicas não foram criadas originalmente para crianças. A maioria das versões originais desses contos foram escritas para adultos e sequer tinham inclinação mágica ou encantadora.  

Frequentemente eles continham temas sobrios como violência e lições de moral direcionadas para leitores mais velhos. 

Contos de Fadas têm uma longa história oral, eram passadas de uma pessoa para outra antes de receberem versões escritas e colecionadas por vários autores. Elas servem a diferentes propósitos ao longo das épocas, incluindo entretenimento, preservação cultural e instrução moral. Algumas das primeiras versões dos contos de fadas eram contadas por adultos para adultos ao redor da fogueira e frequentemente continham elementos proibitivos para crianças.

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A deliciosa era Victoriana

Foi apenas no século XIX, durante a era vitoriana, que os contos de fadas começaram a ser adaptados e editados para crianças. Autores como os irmãos Grimm e Hans Christian Andersen desempenharam um papel significativo na popularização dos contos de fadas para crianças. Eles publicaram coleções que eram um pouco mais adequadas para jovens leitores, embora ainda retivessem alguns elementos mais sombrios. O interesse era vender para o maior número de pessoas, afinal de contas.

À medida que os contos de fadas se tornaram mais amplamente aceitos como literatura infantil, as gerações subsequentes de autores e editores continuaram a simplificar e adoçar as histórias para torná-las ainda mais adequadas para crianças.

Muitos dos contos de fadas que conhecemos hoje sofreram mudanças e adaptações significativas ao longo dos anos para atender a um público mais jovem.


E quantas dessas histórias tinham tendências eróticas?

As versões originais dos Contos de Fadas clássicos geralmente não envolviam erotismo. A maioria dessas histórias eram direcionadas a um público amplo e não incluiam conteúdo explícito. Ao contrário, elas eram focadas em lições de moral, valores culturais, elementos de fantasia, mágica e aventura. 

elementos comuns nestas histórias são:

  • a journada de auto-descoberta, 
  • vontade nata de mudança e crescimento, 
  • desejos escondidos, medos e conflitos, 
  • transição da inocência para a experiência

Muitos, se não todos os listados acima, podem facilmente explicar sexualidade e vulnerabilidade.

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No entanto, com o tempo, várias adaptações e interpretações modernas dos Contos de Fadas têm explorado temas mais maduros, incluindo elementos de romance e sexualidade. Alguns autores tomaram liberdades criativas para criar versões orientadas para o apelo erótico e até explícito. Essas adaptações são frequentemente direcionadas a leitores adultos que apreciam explorar histórias que já conhecem em um contexto mais maduro e sensual.  

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É essencial diferenciar as versões originais e traditionais dos Contos de Fadas das adaptações contemporâneas que incorporam elementos eróticos. 

Quaisquer tendências eróticas em adaptações modernas são o resultado de reinterpretações criativas de autores específicos ou artistas e diferem dos originais.

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Podemos achar uma explicação para a razão dos Contos de Fadas terem ganhado versões eróticas? 

Foi uma necessidade cultural?


A abundância de Contos de Fadas eróticos é resultado de vários fatores, incluindo:  

  • mudanças em normas cultural normas, 
  • a evolução da literatura,  
  • o desejo de reinterpretar e explorar histórias conhecidas em contextos diferentes. 

Veja estas possíveis razões:


Interpretações adultas: para atender ao público adulto, os contos de fadas porque são bem conhecidos e amados. Desta forma eles são uma escolha popular para reinterpretações criativas com temas maduros, incluindo romance e sensualidade.

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Exploração de Taboos: Os contos de fadas geralmente lidam com temas como amor, desejo e transformação, que podem se cruzar com temas e tabus adultos. Os autores podem usar esses contos como uma plataforma para explorar emoções mais profundas, incluindo aspectos românticos e eróticos que não estavam explicitamente presentes nas versões originais.


Apelo a consumidores mais maduros: Ao adicionar elementos eróticos, os autores podem atrair leitores adultos que gostam de explorar histórias com temas mais complexos e sensuais. Ele permite uma nova perspectiva sobre os contos familiares, apelando para aqueles que buscam uma experiência de leitura mais madura.


Liberdade artística: autores e artistas contemporâneos têm liberdade criativa para reinterpretar histórias clássicas de várias maneiras. Alguns podem optar por incorporar elementos eróticos para desafiar as narrativas tradicionais ou apresentar uma visão diferente de personagens e relacionamentos familiares.


Mudanças cultural : À medida que as atitudes culturais em relação à sexualidade e à sensualidade evoluem, a literatura também reflete essas mudanças. O público moderno pode estar mais aberto a explorar histórias que abordam temas de desejo e romance.

Óscar Bartolomé


É importante notar que quaisquer tendências eróticas em adaptações modernas são resultado de reinterpretações criativas e liberdade para autores e artistas que explorar esses temas em seu trabalho.


Resumindo, entendendo a psicologia escondida nestas histórias, podemos apreciar melhor seu encantamento e a influências que têm em nossas vidas.


E aí, o que você acha?
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M.



Este post foi montado com ajuda de Chat GPT, revisado and enriquecido por Moira B.